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Cirurgias eletivas devem ser retomadas em agosto, diz Sesa

Cirurgias eletivas devem ser retomadas em agosto, diz Sesa

A suspensão das cirurgias foi definida desde os primeiros registros de casos de Covid-19 no Espírito Santo. A volta desse serviço deve ser gradual

Publicado em 13 de julho de 2020 às 17:27

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Foram entregues 15 novos leitos semi-intensivo no Hospital Estadual Dr. Dório Silva, na Serra
Foram entregues 15 novos leitos semi-intensivo no Hospital Estadual Dr. Dório Silva, na Serra. (Giovani Pagotto/Governo-ES)

As cirurgias eletivas - procedimentos cirúrgicos que não são de urgência e em que o paciente pode aguardar sem prejuízo à saúde - vão voltar a ser realizadas no início de agosto deste ano no Espírito Santo. A informação foi repassada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) na tarde desta segunda-feira (13). 

Essas cirurgias e outras intervenções estão suspensas desde março, quando se iniciou no Estado as medidas de combate à pandemia do novo coronavírus, por recomendação dos órgãos oficiais de Saúde. 

Em coletiva, o coordenador do Centro de Operações Estratégicas (COE) da Secretaria da Saúde (Sesa), Luiz Carlos Reblin, citou entre as motivações da suspensão, estudos científicos realizados na Europa que apontaram que até 20% das pessoas que se submeteram a cirurgias durante a pandemia faleceram.

"A suspensão foi no sentido de evitar o adoecimento e o alto de risco de submeter uma pessoa à cirurgia, sendo que já há uma queda de imunidade do paciente seja pela doença ou problema de saúde, e mais a intervenção. Agora, vamos retornar essas atividades", explicou. 

O secretário de saúde, Nésio Fernandes, lembrou que a demanda reprimida de radioquioterapia e o tempo longo de espera de ortopedia de média complexidade não tiveram interrupção no Espírito Santo.  "Estamos, agora, preparando uma notificação a todos os prestadores de serviço do Estado e preparando a rede própria para retomar, em agosto, um calendário progressivamente de atividades eletivas, caso a pandemia nos permita", explicou.

Porém, Fernandes ponderou que para isso ocorra, será necessário que, pelo menos, por três semanas haja uma queda sustentável de ocupação dos leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e de casos de óbitos.  "Precisa ser uma queda sustentada dos números", enfatizou. 

JUSTIÇA

Um paciente que pede uma cirurgia na uretra já havia entrado na 5 Vara Cível da Justiça Federal exigindo que o procedimento fosse realizado. A juíza do caso decidiu por obrigar o Estado a cumprir com o procedimento cirúrgico.  Ao ser solicitada para apresentar seu posicionamento, a Sesa  informou que os procedimentos cirúrgicos não urgentes, consultas e exames da rede pública Estadual retornariam em agosto. A Justiça Federal adiou a decisão após a manifestação do Estado.

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