Durante esta quarta-feira (18), parte da estrutura que caiu foi retirada do local, que também recebeu uma interdição para evitar o acesso das pessoas ao mar no trecho que ficou sem guarda-corpo.
Após o desabamento da plataforma usada pelos antigos catraieiros no Centro de Vitória, nesta terça-feira (17), a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) garantiu que vai isolar a área "imediatamente" e fazer a remoção da estrutura em até 30 dias. O abandono do local foi denunciado por A Gazeta em julho, cerca de um mês antes da estrutura cair.
As medidas foram anunciadas pela companhia nesta quarta-feira (18), por meio de nota. Apesar do comprometimento com a retirada da plataforma, a Codesa afirmou que "nunca explorou o equipamento" e que a "operação e manutenção sempre foi de responsabilidade dos próprios catraieiros, que exerciam atividades de transporte público no canal".
Já a Prefeitura de Vitória informou que a Companhia Docas do Espírito Santo foi a responsável pela construção da plataforma. Assim como disse o ex-presidente da Associação de Catraieiros, Aderaldo Francisco Alves, que garantiu, inclusive, que a manutenção do local também era feita pela Codesa.
Quando acionado anteriormente, o município alegou que não tinha responsabilidade pela estrutura, ainda que esta fosse acessada diretamente pela calçada da Avenida Beira-Mar, sem qualquer tipo de interdição ou sinalização.
Questionada novamente nesta quarta-feira (18), a Prefeitura de Vitória informou que fez o isolamento da área para evitar o acesso ao mar e realizou a retirada do material que caiu no calçadão. A Defesa Civil municipal também vistoriou o local e fará um laudo que tem prazo de 30 dias para ser concluído.
No início de julho deste ano, A Gazeta denunciou o mau estado de conservação da plataforma, que era utilizada para embarque e desembarque dos antigos catraieiros — condutores de embarcações que faziam a travessia entre Vitória e Vila Velha. Sem providências anteriores, ela desabou nessa terça-feira (17).
Pouco após o ocorrido, o fotógrafo Fernando Madeira registrou a estrutura metálica caída, com os pilares de sustentação enferrujados e levantados, invadindo parte da calçada da Avenida Beira-Mar, no Centro da Capital, oferecendo riscos aos pedestres e ciclistas que passam pelo trecho.
Na ocasião da primeira reportagem, já dava para perceber vários sinais de deterioração da plataforma: o metal estava corroído em vários pontos, de cima a baixo; o chão de concreto apresentava buracos e desníveis; o telhado tinha furos e parte dos corrimões e parapeitos estavam soltos.
Outro agravante da situação é que o espaço, embora já não fosse utilizado com a finalidade inicialmente proposta, era totalmente acessível aos pedestres. Como fica na região do Porto de Vitória, com vista para o Morro do Penedo, muitas pessoas paravam no local para apreciar a vista, fotografar ou pescar.
Apesar da queda da plataforma, o Corpo de Bombeiros esclareceu que não foi acionado para atender ocorrências no local. Felizmente, não há informações de que alguém tenha se ferido com o desabamento. Nas tentativas anteriores de contato, a Codesa não havia se posicionado a respeito do assunto.
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