O colapso no sistema de saúde para tratamento de casos de coronavírus na Bahia, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro pode afetar o sistema de saúde do Espírito Santo. A análise foi feita por Nésio Fernandes, secretário de Estado da Saúde, em entrevista à rádio CBN Vitória, nesta quinta-feira (11).
As regiões metropolitanas de Salvador (Bahia) e de Belo Horizonte (Minas Gerais), por exemplo, convivem com a situação de lockdown - suspensão de atividades comerciais e restrição de circulação de pessoas. No município do Rio de Janeiro, a ocupação de leitos alcançou a marca de 90% nesta semana.
Já o Espírito Santo contabiliza 339.054 casos confirmados e 6.642 mortes provocadas pela Covid-19. A taxa de ocupação de leitos de UTI destinados à Covid-19 é de 83,84%. Na enfermaria, 72,22% dos espaços estão em uso por pacientes infectados.
Na avaliação de Nésio, nos últimos 12 meses o Espírito Santo viveu fases antecipadas da pandemia em relação aos outros estados brasileiros. O secretário destaca que, no entanto, as outras regiões não estavam com seus sistemas de saúde em colapso.
Além da possibilidade do sistema de saúde público receber uma sobrecarga, caso pacientes busquem atendimento especializado na estrutura de saúde capixaba, também existe a preocupação com a circulação de novas variantes do vírus aliada ao fato de "que ela se torne predominante no Estado com a malha aérea e o transporte interestadual totalmente abertos", ressalta Nésio.
Um dos reflexos relacionados às variantes já é percebido em outros estados do Sudeste. De acordo com Nésio, o governo estadual de São Paulo já identificou mais de 30 variantes do vírus em circulação nos municípios paulistas.
"É a nossa principal conexão aérea. Temos elementos que nos levam a crer que uma nova fase de aceleração neste momento que estamos vivendo no Espírito Santo tem diferença grande em relação a momentos anteriores, porque além das questões internas, nós temos ameaças por conta do colapso nacional de enfrentamento à pandeia e a escassez de vacinas", comenta.
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