O coletor Ângelo de Freitas Silva, de 40 anos, morreu ao cair de um caminhão de lixo enquanto trabalhava, em Guarapari. O acidente de trabalho ocorreu no último sábado (10), na Rodosol, enquanto a vítima fazia a primeira viagem da jornada.
Familiares do coletor contaram que ele havia reclamado de dores nas mãos antes de iniciar o serviço. Ângelo pretendia mudar de profissão em breve e deixou três filhos.
De acordo com o irmão da vítima, Carlos Roberto de Freitas Silva, de 58 anos, era por volta das 17 horas quando Ângelo saiu da Praia do Morro, onde fica a empresa onde trabalhava - terceirizada da Prefeitura de Guarapari. O caminhão seguia pela Rodosol, sentido Meaípe, onde faria a primeira coleta, segundo o irmão do trabalhador.
"O acidente foi por volta das 17h30. Eu fui no local e os colegas de trabalho do meu irmão me contaram que o Ângelo já estava reclamando de uma dor na mão, que ele teria batido em algum lugar. Aí parece que ele falou que teria que segurar no caminhão apenas com uma mão. Só que a distância da empresa até o local da primeira coleta é muito longa, mais de 10 quilômetros. E o caminhão não anda devagar igual dentro dos bairros. Sem contar que aquela região da Rodosol venta muito e é bastante escura. Em algum momento ele se desequilibrou, caiu e não resistiu", lamentou.
Ângelo era divorciado e deixou três filhos: uma jovem de 20 anos, um adolescente de 14 anos e uma menina de 6 anos. Ele morava na região de Alto Camurugi e tinha planos de voltar a trabalhar como vigilante, primeira profissão dele.
"A profissão dele, mesmo, era vigilante. Mas há cerca de uns cinco anos ele resolveu ser coletor também. Ele gostava de fazer as duas coisas e ia alternando. Era muito trabalhador, responsável, de grande caráter. Nós éramos muito próximos, ele sempre foi bastante família, tinha costume de todo dia parar na casa da minha filha para tomar café... A última vez que conversamos foi na sexta-feira (09). Ele dizia que tinha planos de voltar a trabalhar como vigilante", lembra o irmão da vítima.
A reportagem acionou a Prefeitura de Guarapari para pedir um posicionamento sobre o caso, já que a vítima morreu enquanto trabalhava para uma empresa terceirizada que presta serviços para o município. A matéria será atualizada assim que houver uma resposta.
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