Em mais um dia de temporal com raios no Espírito Santo, a cidade da Serra foi a que registrou o maior acumulado de chuvas no território capixaba nas últimas 24 horas. De acordo com o Boletim Extraordinário da Defesa Civil Estadual, divulgado na manhã desta quinta-feira (11), o município registrou 181 milímetros (mm) no período. Em 24h, choveu mais que o esperado para todo o mês na cidade. Serra tem uma média histórica do município de 142 mm para o mês, segundo o Instituto Climatempo.
O temporal causou estragos no município da Serra. No bairro Planalto Serrano, uma ponte foi destruída pela chuva e um carro chegou a ficar pendurado no local. Veja imagens:
Na sequência, aparecem Vitória (75 mm), Santa Leopoldina (69 mm), Itaguaçu (65 mm) e Guaçuí (64 mm). Os números se referem ao período entre 6h da manhã desta quarta (10) e quinta-feira (11). Confira a lista dos municípios com o maior acumulado de chuva divulgada pela Defesa Civil Estadual:
No boletim, a Defesa Civil também destaca dois alertas vigentes para risco de movimento de massa e risco hidrológico em nível alto no município da Serra. Além disso, o órgão informou que 65 pessoas estão fora de casa por conta das chuvas, que atingem o Espírito Santo desde a tarde do último domingo (7).
São 18 desalojados e 4 desabrigados em Vitória, 8 desalojados em Vila Velha, 26 desalojados em Itaguaçu, 6 desalojados em Barra de São Francisco, 2 desalojados em Santa Teresa e 1 desalojado em Laranja da Terra. A única morte registrada foi no município de Pancas, onde um homem morreu após ser atingido por uma descarga elétrica.
A reportagem de A Gazeta recebeu diversos vídeos de ruas e praças completamente tomadas pela água na Serra. Os registros foram feitos e enviados por internautas nos bairros Feu Rosa, Morada de Laranjeiras e Planalto Serrano.
Em entrevista à TV Gazeta, o prefeito da cidade, Sérgio Vidigal, falou sobre a dimensão da chuva, os prejuízos registrados pelos moradores e o trabalho de recuperação que já está sendo feito pela administração municipal.
“Realmente foi uma madrugada muito dura aqui na Serra. Essa chuva não atingiu dois ou três bairros, mas sim vários locais da cidade. Tivemos vários deslizamentos de barreiras e queda de vários muros. Não sabemos ainda o quantitativo, mas não temos vítimas fatais”, disse.
Segundo Vidigal, alguns dos bairros mais atingido e com mais pessoas desalojadas foram Eldorado, Guaraciaba, Divinópolis, além de Vista da Serra I e II. Os números de desalojados e maiores prejuízos estão sendo contabilizados. Um gabinete de crise foi formado para trabalhar na solução dos transtornos causados.
“Estamos agora montando uma equipe com a Secretaria de Serviços, e todas as secretarias em conjunto, para que a gente possa agir em conjunto na cidade e desobstruir algumas áreas. Por exemplo, lá em Planalto Serrano a ponte rompeu. E é preciso, neste momento, que a prefeitura possa rever todo o processo de desobstrução dos nossos canais e córregos”, destacou.
Por meio de nota, a Prefeitura da Serra informou que, após as fortes chuvas registradas nesta madrugada na Serra, a prefeitura montou um gabinete de crise para definir as ações nos bairros mais atingidos.
"Equipes da defesa civil e de serviços já estão em campo fazendo a avaliação de risco e limpeza dos locais. Um levantamento do número de desalojados e desabrigados está sendo feito para que a prefeitura os acolha e auxilie. Não há registro de óbito", afirmou.
A medida usada para medir o volume da chuva é em milímetros por metro quadrado. É só imaginar um quadrado de um metro por um metro com um litro de água dentro. O líquido vai subir até a marca de 1 mm. Claramente falando, um milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado. Por exemplo: se choveu 50 mm, seriam 50 litros de água em cada metro quadrado.
O período da chuva também é importante. Chover 50 litros de água durante um dia inteiro pode ter um impacto menor do que chover a mesma quantidade de uma vez só, somente em uma hora.
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