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Com apenas dois anos, garotinho de Guarapari já sabe ler e até somar

Com apenas dois anos, garotinho de Guarapari já sabe ler e até somar

Família conta que Ravi Antônio também sabe identificar cores e formas geométricas, além de compreender palavras em inglês; para especialista, habilidade incomum é sinal de superdotação

Publicado em 21 de janeiro de 2023 às 17:41

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Maria Fernanda Conti
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Há cerca de seis meses, a autônoma Kenia Almeida Brambati, de 30 anos, percebeu que o filho era "diferente" para a idade dele. Com apenas dois anos, o pequeno Ravi Antônio já sabe ler perfeitamente palavras e até decifrar pequenos cálculos matemáticos, além de identificar cores e formas geométricas.

A família, que é de Guarapari, percebeu a habilidade do menino durante uma brincadeira. Em tom descontraído, a mãe escreveu o nome de Ravi no papel, junto com o marido, o pintor Daython Lyrio dos Santos, de 32 anos. Segundo depois, para a surpresa dos pais, ele conseguiu ler sem dificuldade.

"Nós estávamos deitados na casa, desenhando, quando escrevi 'Ravi' e ele leu. Fiquei chocada. No dia seguinte, não satisfeita, escrevi mais. A partir daí, tudo o que eu escrevi ele leu. Confesso que eu até achei que ele tinha gravado, memorizado essas palavras, por causa de um programa infantil que assiste, mas vi que não era isso", afirma Kenia.

Ravi Antônio Brambati, de 2 anos, possui altas habilidades cognitivas
Ravi Antônio Brambati, de 2 anos, possui altas habilidades cognitivas. (Arquivo Pessoal)

No dia a dia, a mãe do menino ainda conta que ele já consegue responder a alguns cálculos simples, como 3 + 2. Outros "talentos" que demonstrou ter ao longo do tempo foi ler diversas palavras em inglês, como também reconhecer visualmente todos os objetos cujos nomes são escritos no papel. Kenia começou a gravar vídeos porque ficou surpresa com os resultados do pequeno.

"Além de ler, queria entender se o Ravi sabia identificar tudo o que apontávamos. Se eu escrevia 'banana', por exemplo, também perguntava qual era aquela fruta. E ele realmente identificava. Essa foi até uma dica da fonoaudióloga, porque, ironicamente, demorou a começar a falar", afirmou. 

Apesar da boa surpresa, a autônoma apontou também que o medo tomou conta da família: "Pensei 'e aí? como vai ser agora?'. Apareceu um receio muito grande de não saber lidar com isso. Algumas pessoas diziam que ele tem um QI a mais, que é muito inteligente, e outras falaram que poderia ser autismo. Mas muitos amigos estão nos ajudando neste momento", explcou.

Ravi Antônio e o pai, Daython Lyrio, e a mãe, Kenia Brambati
Ravi Antônio e o pai, Daython Lyrio, e a mãe, Kenia Brambati. (Arquivo Pessoal)

Kenia conta que o filho ainda não frequenta nenhuma escola ou creche, o que está previsto para ocorrer já em fevereiro. Ela afirma que marcará consultas com especialistas para conhecer melhor a cabeça do filho e saber como orientá-lo. 

Indicativo de superdotação

Para a pedagoga e mestre em Educação Maria José Cerutti, as habilidades de Ravi podem ser um indicativo de superdotação, ou seja, quando o indivíduo possui um desenvolvimento intelectual acima da média.

"Não é comum a criança ler correntemente nessa faixa etária e com a velocidade que ele consegue, sendo tão 'pequenininho' ainda.  É um sinal de que ele tem uma facilidade linguística e visual muito grande. Os pais devem estudar, avaliar, para poder ter uma orientação", afirmou.

"Hoje em dia, com a possibilidade de as crianças terem meios tecnológicos na mão, elas visualizam muitos joguinhos com palavras e números. Com isso, acontece da criança criar conexões em várias áreas do conhecimento. No caso do Ravi, foi tanto na nossa língua, quanto na estrangeira", completou. 

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