Após as chuvas que atingiram o Espírito Santo e provocaram estragos, principalmente na Grande Vitória, surge sempre o mesmo problema: buracos no asfalto. Ruas e avenidas ficam repletas de rachaduras e fissuras, que podem representar perigo e prejuízos aos motoristas. Mas, afinal, por que isso acontece?
Em entrevista ao programa CBN Cotidiano, da CBN Vitória, o engenheiro civil especializado em Infraestrutura e professor de Fundações e Projetos de Estradas, Aprígio Barreto, explicou que os buracos surgem após as chuvas devido à falta de planejamento do Estado e dos municípios.
“A forma que tratam o problema é colocando massa em um buraco aberto. Fazem remendos. Quando temos uma operação tapa-buracos (manutenção corretiva), significa que não preocupação em corrigir esse problema”, ressaltou o engenheiro durante a entrevista (confira na íntegra).
Segundo Barreto, a solução é apostar nas manutenções preventivas, substituindo tanto os pavimentos que estão bons, quanto os que, na vida útil, já apresentam trincas e sinais de fissuras e de desgaste. “É preciso garantir que a vida útil do asfalto esteja sempre nos prazos normativos”, afirmou o professor.
O especialista destaca que, apesar de ser algo importante, a maioria dos municípios da Grande Vitória não possui um plano de substituição do pavimento no término dessa vida útil, que tende a variar de 5 a 10 anos, dependendo do material utilizado.
“Realizar um paliativo acaba sendo um barato que sai caro. Afinal, o Estado e os municípios precisam fazer, a todo momento, operações de tapa-buraco. Podemos gastar menos a longo prazo se corrigirmos tudo. Mas, enquanto essas operações continuarem, ninguém estará preocupado na prevenção”, concluiu Barreto.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta