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Com corredores alagados, aulas são suspensas em prédio da Ufes

Com corredores alagados, aulas são suspensas em prédio da Ufes

Professores e alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo relatam problemas no Cemuni III, como rachaduras nas paredes e curto-circuito nas instalações elétricas; universidade promete providências

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 14:25

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
João Barbosa
Repórter / [email protected]

Corredores alagados, fiação elétrica precária, mofo e trincas nas paredes. Essa é a situação relatada por professores e alunos que utilizam o prédio Cemuni III, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O local, sediado no campus de Goiabeiras, em Vitória, seria responsável por receber o retorno das aulas do Departamento de Arquitetura e Urbanismo na segunda-feira (21), o que não aconteceu.

Segundo os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, o retorno foi suspenso “devido à absoluta ausência de condições de trabalho” no prédio, que enfrenta problemas de alagamento desde o fim de setembro.

Em documento enviado à Direção do Centro de Artes da Ufes, os professores apontam que os problemas são relacionados a uma obra realizada no telhado do prédio, que, no último semestre, continuou sendo utilizado por docentes e alunos, mesmo com as intervenções em andamento.

De acordo com os professores, além do prédio alagado e do mofo, instalações elétricas estariam em curto-circuito, gerando risco de incêndio, e as portas estariam encharcadas e travadas, dificultando o acesso e evacuação em caso de emergência, além de paredes divisórias com apodrecimento nas bases.

Ainda segundo os docentes, o prédio teria rachaduras nas paredes, buracos que permitem a entrada de animais e acumula danos a materiais didáticos, equipamentos e documentos, que precisam de recuperação ou reposição.

“[Também] percebe-se visualmente algum nível de afundamento da laje, o que requer uma vistoria estrutural imediata. Foi realizada uma medida com trena a laser e constataram-se desníveis de até 4 centímetros na mesma”, diz o documento do Departamento de Arquitetura e Urbanismo.

Problemas são constantes

Prédio da Ufes tem corredores alagados, rachaduras e mofo nas paredes
Prédio da Ufes tem corredores alagados, rachaduras e mofo nas paredes. (Leitor AG)

Em conversa com a reportagem de A Gazeta, uma aluna do prédio, que preferiu não se identificar, afirmou que os problemas estruturais no local são constantes, assim como a insegurança sentida por alunos e professores.

“Esse é um problema antigo no prédio. Estudo lá desde 2022 e, desde então, quando chove, a gente tem problemas com infiltração e com elétrica. Mas, antes, isso não chegava a atingir as salas. Quando finalmente veio a reforma no telhado, dividimos o espaço com a obra e os problemas continuaram. Quando vieram chuvas mais fortes em Vitória, professores perderam documentos, que mofaram, e outros itens foram danificados no prédio”, disse a estudante.

Aspas de citação

Não sabemos como vamos fazer para estudar, se vamos ser remanejados ou o que mais pode ser feito. Não há nenhuma orientação

X.
Aluna de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo
Aspas de citação

Questionada pela reportagem sobre os problemas apresentados por professores e alunos, a Ufes, por meio da Superintendência de Infraestrutura (SI), confirmou as obras no local e disse que, devido às chuvas dos últimos dias, não foi possível utilizar o prédio na segunda-feira (21).

"A SI destaca que está atuando para que o serviço seja concluído o mais breve possível. Segundo a direção do Centro de Artes, as aulas estão sendo remanejadas para outros espaços até que o prédio possa ser novamente ocupado, o que vai ocorrer em novembro", informa a universidade.

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