Mais de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocupavam áreas da empresa Suzano em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, deixaram o local na madrugada desta quinta-feira (27). O MST disse que o grupo respeitou o prazo determinado pela Justiça, que havia sido estendido até esta data, para a reintegração de posse – e informou que não será multado.
As famílias estavam acampadas em duas áreas, localizadas em Jacupemba e Vila do Riacho. Na manhã desta quinta-feira, elas estão no assentamento Nova Esperança, que fica no município, próximo de um dos locais onde estavam acampadas. Nos acampamentos há ainda sinais de quando o grupo estava nos locais, como as estruturas das barracas e o fogão à lenha. Não foi necessária operação policial.
O MST ocupou parte do território da Suzano por 10 dias. Ainda no dia 17 de abril, a Justiça concedeu uma liminar, em regime de urgência, para a reintegração de posse. O movimento informou que depois, aumentou o prazo para a desocupação, enquanto ocorriam as negociações para que as famílias fossem para uma nova área com representantes do governo estadual e da Defensoria Pública.
Foi oferecida uma área em Linhares, município vizinho a Aracruz, mas o MST não concordou e não houve consenso. Há a expectativa, por parte do movimento, de que ocorra mais reuniões nos próximos dias. O governo do Espírito Santo foi procurado por A Gazeta, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
A reportagem de A Gazeta procurou a Suzano, que confirmou que as duas áreas foram reintegradas e que a saída do grupo foi pacífica. Veja a nota na íntegra:
"A empresa confirma que as duas áreas produtivas localizadas no município de Aracruz (ES), invadidas ilegalmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no dia 17 de abril, foram reintegradas hoje. A saída dos grupos, em cumprimento à decisão da Justiça, ocorreu de forma pacífica e organizada."
*Com informações de Cristian Miranda, da TV Gazeta Norte
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