O Espírito Santo voltou a liderar o ranking de transparência de dados da Covid-19, organizado pela ONG Open Knowledge Brasil (OKBR). De acordo com o levantamento, o Estado, junto com Amazonas, lidera com 97 pontos, em uma escala de zero a 100. O projeto avalia a qualidade dos dados e das informações relativas à pandemia do novo coronavírus divulgadas pelas unidades da Federação em seus portais oficiais.
No último estudo divulgado pela ONG, o Espírito Santo aparecia na 4ª colocação com 93 pontos.
Os dados mais recentes foram coletados nos dias 8 e 9 de julho e o ranking divulgado nesta sexta-feira (10). Até então, 13 critérios eram analisados. Já neste último levantamento, chamado de versão 2.0, a OKBR subiu a régua e dobrou os critérios a serem observados. São 26 pontos divididos em três dimensões. São elas:
Dos 26 critérios, o Espírito Santo obteve avaliação máxima em quase todos. As exceções são o Número de casos e de óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave registrados ou outras enfermidades que possam indicar suspeita de Covid-19, em que o Estado apresenta apenas casos confirmados e não os óbitos, segundo a organização; e Etnias das pessoas indígenas que pertencem ao grupo de, no mínimo, casos confirmados, que, segundo a OKBR, o Estado não apresenta.
A Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) foi procurada para comentar os critérios em que o Estado não atingiu a avaliação máxima. Em nota, a Secont informou que, tão logo foi notificada dos quesitos que não atendia na avaliação, se reuniu com as equipes responsáveis e passou a divulgar informações sobre os óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que já estão disponíveis no boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (13) no site da Secretaria da Saúde (Sesa). Os dados também estarão disponíveis a partir desta terça-feira (14) no site oficial sobre a Covid-19, na página de Boletins Epidemiológicos.
Com relação à população indígena, a Secont ressaltou que o Painel Covid-19 já disponibiliza a informação sobre raça/cor dos infectados no Estado. Quando o indígena é proveniente de uma aldeia, a identificação da etnia é feita por meio do local onde vive. Mas afirmou que há dificuldade em identificar a etnia nos casos de autodeclarados indígenas, que não vivem em territórios demarcados. A Secont acrescentou que está estudando, em conjunto com a Sesa, maneiras de passar a publicar esse dado e que está em contato com os Estados que tiveram sucesso nesse quesito Amazonas, Paraná, Sergipe e Mato Grosso do Sul - e realiza reuniões internas com os órgãos do Estado envolvidos, para que a consulta seja viabilizada o mais breve possível.
O estudo também destacou o Espírito Santo como um dos cinco estados que apresentam dados de notificações da Covid-19, e não somente casos confirmados, em investigação e os descartados. Segundo o relatório da organização, a informação também é essencial para a realização de pesquisas mais aprofundadas.
O Espírito Santo figura no boletim como um dos Estados que passaram a divulgar casos confirmados do novo coronavírus também de pessoas privadas de liberdade. O Painel Covid-19 passou a exibir as informações na quarta-feira (8), após uma decisão judicial.
Além de liderar o ranking da transparência de dados, o Estado é também o primeiro colocado na transparência de gastos durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com o Ranking de Transparência no Combate à Covid-19, da ONG Transparência Internacional, o Espírito Santo atingiu a classificação ótima e a pontuação máxima de 100 pontos na capacidade de fornecer dados atualizados e confiáveis sobre contratações emergenciais. As informações são disponibilizadas no Painel Covid-19.
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