Das 60 notas máximas na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, duas são do Espírito Santo: Amanda Zampiris, de Muqui, na Região Sul do Estado, e Giovanna Freitas, de Linhares, na Região Norte.
Giovanna, de 18 anos, fez o último ano do ensino fundamental no Colégio Estadual Bartouvino Costa e o ensino médio no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Para a prova do Enem, a jovem contou com aulas on-line e fez uma adaptação da rotina.
“Eu criava pequenas metas nos meus estudos, assim eu mantinha o foco e sentia que o que eu estava me propondo a fazer estava me dando resultados. Estudava praticamente o dia inteiro, mas sem negligenciar os intervalos para descanso, para refeições e para os exercícios físicos”, conta Giovanna.
Natural de Itamaraju, na Bahia, a jovem vive no Espírito Santo desde os 13 anos e conta que conhece bem o sistema de ensino capixaba. Apesar da nota excepcional na redação, Giovanna afirma que ainda tem dúvidas sobre o que cursar na faculdade.
“Tenho alguns cursos em mente, mas não sei com certeza qual cursar. Não tenho segredo ou fórmula, já que cada um tem a sua realidade. Mas acredito que o ponto crucial para alcançar esse resultado foi sempre corrigir os erros que eu cometia nas redações e evitar repeti-los nas redações seguintes”, afirma.
Diante do tema da redação, que foi ‘Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil’, Giovanna conta que não encontrou dificuldades para a escrita.
“Quando li o tema da redação, meu sorriso foi de orelha a orelha. É um tema de extrema importância e que realmente não é tão discutido. Para escrever, eu foquei no porquê o trabalho de cuidado realizado pelas mulheres não é reconhecido no Brasil”, explica.
“O próximo passo é esperar o resultado do Sisu. Ainda não sei qual curso quero fazer, tenho vários em mente, mas minha certeza é que quero prestar uma federal, quero entrar na Ufes”, diz Giovanna.
Além de Giovanna, o Espírito Santo foi bem representado no Enem com Amanda Zampiris, também de 18 anos, aluna da Escola Estadual Marcondes de Souza, em Muqui. Ela conta que para ter sucesso na prova fez um cursinho preparatório voltado especificamente para redação, onde o foco não eram os possíveis temas, mas, sim, como conseguir escrever bem, independentemente do assunto. "Aprendemos sobre a estrutura da redação e as estratégias para saber argumentar bem", destaca Amanda, que tem o objetivo de cursar Medicina Veterinária.
Além de estudar de manhã na escola e fazer o cursinho de redação, Amanda conta que também tinha uma rotina de estudos durante a tarde, em casa, que incluía assistir a conteúdos de videoaulas. "Eu estava bem focada. Evitava até o celular", relata.
Para alcançar a nota máxima na redação, Amanda também recomenda que os estudantes fujam do estresse e da ansiedade, valorizando a vida pessoal. "Não foque só na prova. Não perca a vida só com isso. A gente tem que viver também. Se não, chega na hora do exame e está extremamente sobrecarregado. Nada flui quando estamos assim. Esse é o meu conselho: estude o máximo que você pode, dê seu máximo, mas não perca sua vida", observa.
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