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Com olhar sensível, Maria Alice Lindenberg se dedicou a projetos sociais

Com olhar sensível, Maria Alice Lindenberg se dedicou a projetos sociais

Dona Maria Alice foi durante anos rosto da Rede Gazeta para as causas sociais; ela acreditava em ações organizadas, com transparência, para o sucesso dos projetos

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 09:54- Atualizado há 15 horas

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Maria Alice Lindenberg com estudantes. A Gazeta criou programa de incentivo à leitura para crianças e adolescentes
Maria Alice Lindenberg com estudantes. A Gazeta criou programa de incentivo à leitura para crianças e adolescentes. (Carlito Medeiros)

Muito antes de as letras ESG se tornarem parte essencial do vocabulário empresarial, Maria Alice Lindenberg já tinha a dimensão da responsabilidade social da Rede Gazeta e a sensibilidade para motivar a solidariedade.

“Felizmente, as empresas modernas entenderam a importância do seu papel para as transformações necessárias, na construção de uma sociedade mais justa e sustentável e incluíram, em suas responsabilidades empresariais, preocupações com o desenvolvimento de sua região e o bem-estar das pessoas que nela vivem”, analisou a então assessora de Comunicação Empresarial em uma entrevista de 2007.

Essa movimentação pelo social veio bem antes. Em 1994, ela esteve entre os sócio-fundadores da Ação Comunitária do Espírito Santo (Aces), entidade voltada para o desenvolvimento do voluntariado e uma das precursoras do terceiro setor capixaba, da qual também fez parte da diretoria.

Estava claro para a assessora de Relações Institucionais que a maior empresa de Comunicação do Espírito Santo deveria ser porta-voz dessa mobilização, com o apoio e a divulgação de projetos sociais que pudessem fazer a diferença para a população.

Assim, estampavam os jornais da Rede Gazeta campanhas de doação de agasalhos, alimentos e livros, mobilizações para geração de emprego e renda para jovens e adultos, além de projetos de educação e mutirões de cidadania. Sempre com Maria Alice à frente, levantando a bandeira do voluntariado e do engajamento social.

Com a Associação Capixaba de Combate ao Câncer Infantil (Acacci) também foi construída uma parceria perene. Em 2006, o jornal A Gazeta passou a publicar o selo “Compromisso com a criança”, conferido às empresas parceiras no trabalho desenvolvido pela entidade no Estado. “A Rede Gazeta tem procurado, cada vez mais, formar parcerias com programas sociais sintonizados com a realidade capixaba e que desenvolvem ações de cidadania com transparência e bons resultados”, reforçou na ocasião.

Presidente da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc) – Hospital Santa Rita, Marilucia Dalla, também destacou o apoio de Dona Maria Alice a quem tratava a doença no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Maria Alice Lindenberg foi uma grande apoiadora das causas sociais e colaborou muito com a Afecc, sempre ajudando e incentivando nossas ações e nossos projetos voltados para os pacientes do SUS em tratamento de câncer no Hospital Santa Rita

Marilucia Dalla
Presidente da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc)
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Marilucia também compartilhou lembranças ao falar de Dona Maria Alice. "Seu olhar sensível e sua firmeza nas decisões eram marcantes. Uma mulher ímpar, com um caloroso e sensível coração, que, sem dúvida, marcou positivamente a vida de muitos capixabas. Maria Alice Lindenberg deixa muitas saudades", afirmou. 

A superintendente Executiva da Acacci, Luciene Sales Sena, também lamentou a perda de Maria Alice, a quem se referiu como figura fundamental na criação da Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil.

"Maria Alice Lindenberg foi, sem dúvidas, uma figura muito importante na criação e trajetória institucional da Acacci. Por meio de sua articulação, a entidade conquistou mais projeção e apoio da sociedade capixaba. Além disso, ela foi uma grande defensora da mídia como uma ferramenta de transformação e mobilização social. Em sua gestão, enquanto assessora de comunicação empresarial da Rede Gazeta, aderiu ao Selo Compromisso com a Criança, um produto da Acacci, voltado para pessoas jurídicas, com objetivo de mobilizar recursos e ampliar a projeção da missão institucional. Foi uma mulher à frente do seu tempo que, com certeza, deixa um admirável legado”, pontuou. 

Maria Alice fez da comunicação institucional um instrumento de desenvolvimento social. Foi assim que participou da criação, em 1995, do Gazeta na Sala de Aula, projeto de incentivo à leitura do jornal entre crianças e adolescentes como material de apoio pedagógico. "O jornal estimula a criança a pensar e interagir com a realidade. Acredito que essa é uma das funções de A Gazeta: democratizar a informação", afirmou Maria Alice.

Com sua postura discreta, mas marcante, Maria Alice Lindenberg foi durante anos rosto da Rede Gazeta para as causas sociais. Acreditava em ações organizadas, com transparência, para o sucesso dos projetos. E lá em 1988, quando iniciava na comunicação institucional e publicou um artigo para reforçar o compromisso da Gazeta com a comunidade, fez uma promessa: “E isso é apenas o começo de um projeto que pretendemos continuar crescendo e aprimorando, de forma a estimular cada vez mais o povo capixaba a participar efetivamente das transformações com que todos sonhamos para fazer do Espírito Santo um grande Estado”. Tantos anos depois, fica a certeza da contribuição de Maria Alice para um Espírito Santo melhor.

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