Um cliente foi barrado na porta giratória de uma agência bancária no bairro Jucutuquara, em Vitória, na última sexta-feira (10). O mecanismo — que possui detector de metais — travou porque ele possui uma prótese de metal no quadril. Segundo Marcelo Cabral, mesmo após informar sobre a cirurgia, ele abaixou as calças para mostrar aos seguranças uma cicatriz que tem no corpo e conseguir entrar no banco.
"Comuniquei à segurança na hora que foi minha vez de entrar no banco. Ela comunicou a outro funcionário que estava na agência sobre eu usar prótese após uma cirurgia. Tentei entrar cinco vezes porque travava. Acabou que abaixei um pouco as calças para mostrar o local da cirurgia que fiz há três anos. Nunca tinha passado por esse constrangimento", contou.
Segundo o irmão de Marcelo, Isaías Santana, o movimento negro irá tomar uma posição e se colocar para assessorar uma ação judicial contra os envolvidos nesse episódio.
A advogada consumerista Rayane Vaz explicou que é dever do banco promover a segurança. No entanto, a agência bancária não pode extrapolar e sujeitar o consumidor ao ridículo e à humilhação. "Nesse caso, o banco extrapolou a razoabilidade", disse.
Questionada pela reportagem da TV Gazeta, a Caixa Econômica Federal afirmou que o banco zela pelo respeito nas relações entre os empregados e o público. Em nota, a instituição bancária explicou que, ao entrar nas agências, os clientes passam por triagem e assim que Marcelo informou sobre a prótese, recebeu encaminhamento para atendimento.
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