Depois de praticamente seis meses sem chuvas volumosas, resta pouca água no Ribeirão do Cruzeiro, no distrito de Guaraná, na zona rural de Aracruz, no Norte do Espírito Santo. O que mais se vê é a vegetação no local onde passa o curso do rio. Por isso, o município passou a utilizar uma barragem como recurso para manter o abastecimento da população da região, que tem cerca de 5 mil habitantes. Como consequência da seca, a cidade decretou nesta segunda-feira (15) situação de emergência.
A orientação para os moradores é economizar. Já para os produtores rurais, um sistema de irrigação mais eficiente é a indicação, explicou o diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Aracruz, Amadeu Wetler, em entrevista para a TV Gazeta Norte. O período seco ainda deve durar até outubro.
“Para o morador de Guaraná, é importante economizar água para que a água economizada fique na barragem e dê para todo o período seco. Não desperdice água, não lave calçadas e fachadas. Se recomenda para os produtores rurais um sistema de irrigação eficiente, porque se não tiver água suficiente para todo mundo, pode ser necessário lacrar bombas. Seria um regime de crise, o que não acontece neste momento, ainda”.
O diretor-geral salientou que os registros do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) mostraram que o volume de precipitação ocorrido entre o último novembro e março foi semelhante ao contabilizado em 2016, quando houve uma crise em que foi necessário trazer água com apoio do transporte de carros-pipas.
De acordo com Wetler, o decreto da situação de emergência é necessário para a tomada de três medidas consideradas importantes em um potencial agravamento do cenário, como contratações para perfurações de poços e de carretas para o abastecimento da cidade. Outra ação que a decisão permite, em caso de urgência, é o desassoreamento da barragem de Santa Maria, acima do Rio Piraquê-Açu, que pode ajudar no abastecimento da cidade.
A situação do rio Piraquê-Açú, principal da cidade, que atende a cerca de 80 mil habitantes, é também observada. O curso d’água teve diminuição de vazão nos últimos meses, mas o nível continua dentro do que se esperava para o momento, afirmou o diretor-geral do Saae.
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