“Eu passei por algo parecido em 2014, quando perdi tudo. Eu sei o que é precisar de ajuda, então acho que a gente tem que ajudar quem precisa agora. Se cada um fizer um pouquinho, ajuda”, recorda o comerciante Cláudio Marcos Zaché, de 58 anos, que atua no ramo de pet shop e rações, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Agora, dez anos depois, ele é uma das pessoas que mobilizam doações para os gaúchos, após a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.
Entre as muitas vítimas das fortes chuvas e enchentes estão os animais. A Defesa Civil do Estado do Sul do país informou que cerca de 10 mil bichos foram resgatados. No entanto, muitos não conseguiram sobreviver e a contagem dos corpos não pode ser concluída porque em vários lugares a água ainda não baixou.
Enquanto isso, aqueles abrigados, verdadeiros sobreviventes, precisam de proteção e alimentos. Com esse objetivo, o empresário conta que já fez o envio de 360 kg de rações e 120 kg de sachês para cães e gatos, por conta própria.
Agora realiza uma nova campanha, com a participação de clientes, que doam 2 kg para o Sul do país, na compra de um saco do alimento. “Nessa segunda ação, já conseguimos reunir mais de 150 kg. Vamos fazer o trabalho de solidariedade até esta sexta-feira (17) e depois verificaremos se estendemos o período. Contamos com o apoio da Câmara Municipal de Colatina e do Corpo de Bombeiros”, disse.
Para oferecer algum conforto aos bichinhos nesse difícil período, a comerciante do ramo de moda, Sandra Mara Pizzin Guidoni, de 51 anos, pensou em uma solução, em parceria com o Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL): a confecção de caminhas para os pets descansarem.
A empresária está reunindo materiais e encaminhando para a unidade prisional para a produção. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) o trabalho já começou e vai continuar nos próximos dias até que seja feita a entrega. A ideia inicial é mandar 100 caminhas e depois também roupinhas para os animais, na medida que chega a época mais fria do ano.
“Não vai parar nas caminhas, vamos preparar também roupinhas. A gente pede também ajuda de quem puder doar tecidos para fazer roupas”, informou Sandra. Para entrar em contato e contribuir com o trabalho, ela disponibilizou um número: (27) 99867-8421.
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