Os primeiros meses do ano foram marcados por uma série de roubos e furtos ao comércio, na Grande Vitória. Na Capital, os números são expressivos, com os roubos a estabelecimentos registrando um aumento de 146% de janeiro a abril, em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
De acordo a Sesp, de janeiro a abril de 2020, foram registrados 49 roubos em Vitória; já neste ano, o número foi para 121. O secretário de Segurança de Vitória, Ícaro Ruginski, aponta que é, estatisticamente, quase um roubo ao comércio por dia. “Esse número é alto”, completou.
Ruginski citou um tipo de crime que vinha ocorrendo sistematicamente no período. “No início deste ano tivemos um surto de crimes de roubo a farmácias. Esse fato praticamente foi resolvido com a prisão de umas das principais organizadoras, mentoras desse tipo de crime, e desde então, em meados de abril até hoje nós tivemos uma redução expressiva”.
Ainda de acordo com o secretário, a equipe de segurança trabalha em conjunto para combater a criminalidade. “É importante destacar que a Guarda Municipal age de forma auxiliar na redução dos índices de criminalidade. Tanto Polícia Civil quanto Polícia Militar são as responsáveis por atuar na manutenção da ordem pública e da paz social. A guarda tem feito seu papel, agido de forma integrada com essas instituições para que a gente possa ter bons resultados”.
Além do destaque negativo no município de Vitória, em todo o Estado os roubos, popularmente conhecidos como assaltos, tiveram um aumento de 27%, comparados ao mesmo período do ano passado, de janeiro a abril. No interior, esse crime teve destaque. No Norte do Espírito Santo, o número dobrou no período, o que pode indicar a migração de crimes para essas áreas, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública.
O subsecretário de Integração Institucional, Guilherme Pacífico, destacou que estão trabalhando para minimizar a violência na zona rural. “Também é uma preocupação do Ministério da Justiça da Segurança Pública, eles estão formatando uma política nacional de combate à violência no campo. Isso já está no nosso radar com atenção, e é realmente uma cobrança legítima da população”, pontuou.
Guilherme Pacífico destaca também a contratação de novos policiais como estratégia de combate a crimes, além do aprimoramento da investigação. “Nós estamos discutindo o teleflagrante, que vai poder otimizar os recurso humanos da Polícia Civil voltados para investigação de crimes, ou seja, um trabalho tecnológico e uma estratégia de inteligência e integração”, finalizou.
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