Em um cenário de aumento de infecções por coronavírus e de incentivo à vacinação, os capixabas que frequentam bares, lanchonetes, restaurantes e academias no Espírito Santo agora devem apresentar o passaporte de vacina contra a Covid-19. A medida começou a valer na segunda-feira (31) em todas as cidades capixabas, independente da classificação no mapa de risco. Os estabelecimentos são responsáveis pela fiscalização, como determinado pelo governo do Estado.
Quem chega a um local onde há venda e consumo de alimentos ou bebidas deve apresentar um documento comprovando que foi vacinado com duas ou mais doses contra a Covid. A apresentação do chamado comprovante de vacinação ou passaporte de vacina é obrigatório antes da entrada no estabelecimento. Quem não apresentar ou não estiver vacinado não terá permissão para entrar no local.
Com a adoção da exigência do comprovante de vacina, os estabelecimentos que estiverem em cidades classificadas em risco moderado (como Serra e Vila Velha, por exemplo) não sofrerão mais com restrições no horário de funcionamento. A retirada da restrição foi uma demanda do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Espírito Santo (Sindbares).
O presidente do Sindbares, Rodrigo Vervloet, afirma que cobrar o passaporte de vacina faz parte de uma estratégia para incentivar a imunização dos capixabas. À reportagem de A Gazeta, ele disse que ainda não é possível avaliar se todos os estabelecimentos já estão cumprindo o que foi determinado. Segundo o presidente do sindicato, não há um prazo para que eles se adequem ao novo modelo.
Para o presidente da Associação das Academias de Ginástica do Espírito Santo (Acages), Carlos Andrião, os setores que agora cobram o documento estão participando de uma campanha importante no processo de imunização. Em academias, Andrião explica, o documento dos alunos não precisa ser verificado todos os dias. Com a leitura do comprovante, há uma listagem daqueles que já completaram o esquema vacinal e estão com a entrada permitida. Os aplicativos ConecteSUS e Vacina e Confia estão sendo usados pelos proprietários.
Segundo o presidente da associação, ainda não há casos de clientes que não querem apresentar o documento. Em situações como essa, ele afirma que um plano de treinos pode ser enviado para que o aluno se exercite em casa, sem contato com outros, ou até trancar a matrícula enquanto não houver a imunização.
"Todas as academias estão se organizando para checar a vacinação dos alunos. A proposta é incentivar a vacinação em uma campanha importante, a pedido do governo. A norma exige a apresentação do documento, então o cliente que não estiver vacinado não poderá frequentar a academia. Mas o percentual é pequeno daqueles que não receberam a vacina", aponta.
A Secretaria de Estado do Turismo (Setur) informou que o acordo feito entre representantes do setor e o governo estadual orienta que a checagem das doses de vacina para Covid seja feita na entrada dos estabelecimentos ou no atendimento às mesas.
Segundo o órgão, são aceitos os comprovantes digitais disponibilizados no portal Vacina e Confia, assim como o comprovante impresso. Há ainda a opção de usar a plataforma ConecteSUS, do governo federal. "Em caso de negativa na comprovação o serviço poderá não ser prestado", diz a nota.
A secretária de Estado do Turismo, Lenise Loureiro, reafirma que a exigência do documento deve incentivar a busca pela primeira dose, além de reforçar a importância de completar o ciclo vacinal com segundas ou terceiras doses.
O passaporte de vacina passa a ser cobrado em bares, restaurantes e academias a partir desta segunda (31). O documento já é necessário para entrar em shows e atividades culturais. Conforme anunciado pelo governo do Estado, apenas as lojas não devem cobrar o passaporte, desde que os clientes mantenham o uso da máscara.
A recomendação do governo é que seja cobrado na porta, logo que o cliente chega ao local, ou nas mesas, antes de começar o serviço. O passaporte de vacina pode ser exibido na tela do telefone ou em papel impresso. Os alunos de academias são verificados uma vez, por isso não é necessária a apresentação diária do passaporte. A Secretaria de Turismo recomenda o uso do ConecteSUS ou do Vacina e Confia.
A determinação é estadual e não depende da legislação de cada município. Não importa se a cidade foi classificada em risco baixo ou moderado, há necessidade de cobrar o passaporte de vacina. Cidades da Grande Vitória, atualmente na cor amarela, devem cobrar o documento. Assim como Fundão, que está na cor verde, mais favorável.
A cobrança passa a vale nesta segunda (31) e não tem data para ser encerrada. Ela foi acordada entre empresários do setor e o governo do Estado.
Apesar da nova exigência do passaporte de vacina, ainda será preciso que os clientes usem máscara quando não estiverem comendo ou bebendo. O documento é um adicional, não retira a necessidade do equipamento de proteção.
Quem não apresenta o documento não deve ter permissão para entrar no estabelecimento. O passaporte da vacina não é opcional, mas uma identificação obrigatória que comprova a vacinação. Em academias, a matrícula pode ser trancada caso o aluno não esteja vacinado.
O passaporte de vacina precisa estar atualizada para que a entrada no local seja permitida. De acordo com o público, podem ser exigidas até quatro doses da vacina. Isso depende da idade, comorbidades e ainda se a pessoa é profissional da saúde. A 4ª dose está disponível apenas para imunossuprimidos, por exemplo.
Quem não estiver vacinado e, portanto, não apresentar o documento, não será autorizado a entrar no bar, restaurante ou academia. O governo estadual prometeu fiscalizar a cobrança do passaporte nos estabelecimentos.
Versão anterior desta matéria informava que o presidente do Sindbares, Rodrigo Vervloet, teria afirmado que “cobrar o passaporte de vacina é uma boa estratégia para incentivar a imunização dos capixabas”. No entanto, a declaração não estava precisa. Vervloet afirma apenas que o passaporte faz parte de uma campanha de incentivo à vacinação. No entanto, não avaliou a medida como boa ou ruim. O texto foi corrigido.
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