Durante a pandemia do novo coronavírus, que desafia o sistema de saúde em todo o país, os leitos hospitalares da rede particular também sofreram com o impacto da alta demanda pelos pacientes.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), dos 741 leitos de UTI dos hospitais particulares do Espírito Santo, 63% deles estão ocupados, atualmente, por pacientes com diversas doenças.
Em números absolutos, trata-se de 466 unidades ocupadas, sendo que entre os internados, 46 deles são pessoas diagnosticadas com Covid-19 e outros 55 com suspeita da doença. Restam, ainda, 275 leitos disponíveis em todo o Espírito Santo.
A compra de leitos privados tem sido o recurso usado pelo governo do Estado para tentar evitar que a rede pública fique superlotada. Das 490 unidades de UTI que estão atendendo ao Sistema Único de Saúde (SUS), 77,55% já estão ocupadas, segundo dados do Painel Covid-19, atualizado na tarde desta segunda-feira (25).
"Comparando com outros estados brasileiros, conseguimos fazer uma rede de saúde robusta que tem conseguido equilibrar a demanda do SUS e da rede privada. Uma das premissas para expansão de leitos era não afetar a rede privada", comentou Nésio Fernandes, secretário Estadual de Saúde, durante pronunciamento na tarde desta segunda.
O secretário disse que a rede privada possui uma capacidade de compra de insumos mais célere devido ao próprio mercado fornecedor.
Os setes hospitais que pertencem à Rede Meridional somam, hoje, 249 leitos de UTI no Espírito Santo, entre leitos de UTI adulto e infantil. Deste total, 89 leitos foram destinados para pacientes com Covid-19. Na unidade de internação, a Rede possui 373 leitos de enfermaria, sendo 75 preparados para os pacientes com Covid e com possibilidade de readequação, de acordo com a demanda.
A Unimed Vitória informou que está ampliando a oferta de leitos em UTI e a destinação de área e equipe assistencial específicas para o atendimento de pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19. A empresa, porém, não repassou o número de vagas disponíveis, alegando que os dados são passados regularmente para a Secretaria Estadual de Saúde.
A reportagem também procurou as assessorias do Apart Hospital, na Serra, assim como do Hospital Evangélicos e do Vila Velha Hospital, ambos em Vila Velha, mas não obteve retorno.
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