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'Compraremos todas as vacinas que estiverem disponíveis', diz Casagrande

"Compraremos todas as vacinas que estiverem disponíveis", diz Casagrande

A primeira estimativa era de 440 mil doses, mas agora Casagrande já fala em uma remessa maior, caso o governo federal não assuma o plano de imunização

Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 22:10

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Especialista exibe amostra da vacina contra Covid-19 chamada Sputnik, produzida em São Petersburgo, Rússia
Governadores querem que o Ministério da Saúde assuma a coordenação da imunização contra a Covid e adquira mais vacinas, segundo Renato Casagrande. (REUTERS / Anton Vaganov / Folhapress)
Compraremos todas as vacinas que estiverem disponíveis, diz Casagrande

O governador Renato Casagrande (PSB) afirma que vai adquirir todas as doses da vacina Coronavac que o Instituto Butantan disponibilizar para o Espírito Santo para prevenção à Covid-19. A declaração foi feita nesta sexta-feira (11), durante pronunciamento em que tratou sobre as negociações com o Ministério da Saúde para que o órgão assuma o Plano Nacional de Imunização (PNI). Caso o governo federal não faça a coordenação nacional da vacinação, Casagrande diz que a alternativa será o próprio Estado adquirir o imunizante.

A estimativa inicial, apresentada na véspera, era de comprar 440 mil doses, visando à imunização prioritária de profissionais de saúde e de segurança no Espírito Santo. No pronunciamento, porém, Casagrande já menciona a possibilidade de aquisição de uma remessa maior no conjunto de 4 milhões de doses que o Butantan, instituto vinculado ao governo de São Paulo, planeja oferecer para os Estados. 

"Solicitamos a vacina, e compraremos se for o caso. As vacinas que forem disponibilizadas pelo Butantan, nós comparemos na quantidade que houver. As 440 mil, como pedimos, e se pudermos comprar, vamos. Se tiver mais disponibilidade depois, também compraremos. Queremos que o Ministério da Saúde possa fazer essa aquisição e a coordenação nacional, é o normal, mas eu, como governador, não posso deixar os capixabas desprotegidos", ressalta Casagrande. Cada dose custa US$ 10,30 (R$51,97, na cotação do dia). 

O governador, em vários momentos, destaca a importância de a aquisição ser feita pelo ministério, para que a imunização alcance o maior número de pessoas, e de maneira igualitária. 

"Queremos que governo federal coordene para que evite que os Estados saiam disputando quem vai conseguir vacina, como aconteceu no caso dos respiradores. Para evitar que brasileiros de alguns Estados tenham uma vacina e de outros Estados não tenham", pontua.

OUTRAS VACINAS

Casagrande conta que ele e outros governadores têm se articulado para que o Ministério da Saúde possa assumir o PNI e, nesse contexto, também busque a aprovação de mais vacinas para distribuir à população brasileira, e num prazo menor que o previsto pelo governo federal.

"Pedimos ao Ministério da Saúde que adquira todas as vacinas aprovadas pela Anvisa, ou por outra agência parceira, como a FDA (americana), a japonesa, a europeia. Que possa adquirir todas as vacinas autorizadas pela Anvisa, seja pela análise da agência no detalhe, seja por reconhecimento de agência internacional com a qual tenha parceria. Pedimos também que seja rápido porque, começar a aplicação do PNI no final de fevereiro, início de março, enquanto outros países já começaram a colocar em prática os seus planos, estaríamos atrasados de dois a três meses, e esse atraso leva a perder muitas vidas", atesta.

O governador observa que a média móvel de óbitos está crescendo no Espírito Santo. São em média 20 mortes atualmente e, há pouco mais de um mês, era menos da metade. No país, o indicador também está numa curva ascendente, chegando a quase 600 mortos diariamente. 

"A rapidez é fundamental. Tratamos com o Ministério da Saúde para que tenhamos ritos extraordinários neste momento para que tenhamos vacinas. Mesmo que agora não seja em quantidade para todos os brasileiros, mas que possamos vacinar profissionais de saúde, segurança pública, educação; pessoas de grupos de risco. Imunizando e protegendo a sociedade, os mais vulneráveis, os que estão no front desta guerra efetiva contra a Covid", conclui. 

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