Dentre as 10 microrregiões do Espírito Santo, sete apresentaram crescimento na taxa de transmissão do novo coronavírus. E a alta no interior foi, ainda, a responsável por elevar o indicador do Espírito Santo, que alcançou a marca de 1,22. Mas há preocupação até mesmo onde houve uma pequena redução da taxa, pelo fato de ainda permanecer acima de 1, por mais de uma semana, acendendo um sinal de alerta.
E se o aumento do número de casos perdurar na próxima semana, mantendo assim a elevação da taxa de transmissão, mais municípios podem voltar para o risco moderado, dentro do mapa de risco do Estado como explica Pablo Lira, diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). E com medidas restritivas, acrescenta.
No geral, segundo Pablo, o crescimento da taxa decorre de dois fatores: a ampliação da testagem, ou seja, mais exames para a detecção da Covid-19 começaram a ser realizados a partir de setembro; e maior interação entre as pessoas. Temos observado um aumento da interação, principalmente na classe média, e ainda pessoas saindo para a rua sem fazer o uso da máscara. A pandemia não acabou. O risco é baixo, mas existe. E é preciso seguir as recomendações sanitárias, destaca Pablo.
1 - Central Serrana
Apresentou um crescimento da taxa de transmissão do novo coronavírus, saltando de 1,34 para 1,87. São dez pessoas contaminando outras 18. Além disso, é segunda semana consecutiva que está acima de 1.
Nesta microrregião, estão localizadas as três Santas: Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina. Recebe um elevado volume de turistas. Na semana após o feriado de setembro, a taxa de transmissão saiu de 0,94 para 1,9. Na sequência foi para 2,15. O aumento da contaminação apareceu na janela epidemiológica seguinte, explica Pablo. É o período para o vírus se manifestar no organismo.
2 - Sudoeste Serrana
A situação não é diferente com esta microrregião, também fortemente impactada pelo turismo. Lá estão situadas cidades como Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Marechal Floriano. Sua taxa de transmissão saiu de 0,9 para 1,55 (dez pessoas contaminando outras 15).
3 - Centro-Oeste
A taxa de transmissão do novo coronavírus saiu de 1,34 para 1,68. É a situação em que dez pessoas podem contaminar outras 16. É onde estão localizados, por exemplo, Colatina e Baixo Guandu.
Uma região que já chegou ao risco baixo. E se a população não cumprir as recomendações e o distanciamento físico, vamos observar municípios evoluindo para risco moderado e com medidas restritivas valendo", pontua Pablo Lira.
4 - Central Sul
Apresentou uma pequena elevação da taxa de transmissão do novo coronavírus. Saindo de 0,77 para a casa dos 0,95.
5 - Caparaó
É outra microrregião que também apresentou uma pequena elevação da taxa de transmissão do novo coronavírus, saindo de 0,41 para 0,56.
6 - Rio Doce
Nesta microrregião, o indicador marcava 0,57 e pulou para 0,99.
7 - Metropolitana
É onde estão os sete municípios da Região Metropolitana: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Fundão e Guarapari. Sua taxa de transmissão do novo coronavírus também apresentou elevação, saindo de 0,95 para 1,19. São dez pessoas contaminado outras 12.
8 - Noroeste
É onde está localizada a cidade de Ecoporanga, única em risco moderado no mapa vigente. O que preocupa nesta região, embora tenha apresentado redução na taxa de transmissão na semana epidemiológica avaliada, é o indicador que se mantém acima de 1 há duas semanas.
Sua taxa de transmissão saiu de 1,51 para 1,4. O que representa dez pessoas contaminando outras 14.
9 - Nordeste
Apresentou queda na taxa de transmissão do novo coronavírus, saindo de 0,74 para 0,48.
10 - Litoral Sul
É outra que, apesar da queda na taxa de transmissão do novo coronavírus, preocupa pelo fato de estar se mantendo acima de 1 há três semanas. Seu registro saiu de 1,32 para 1,24.
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