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Confusão com Pazolini no Sambão: coronel da PM diz que não agrediu ninguém

Confusão com Pazolini no Sambão: coronel da PM diz que não agrediu ninguém

Subsecretário da Casa Militar do governo do Estado, coronel Sérgio Luiz Anechini diz que prefeito de Vitória teria debochado dele

Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 07:52

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Felipe Sena
Repórter / fsena@redegazeta.com.br

O coronel Sérgio Luiz Anechini, subsecretário da Casa Militar do governo do Estado, deu sua versão sobre a confusão ocorrida por volta das 3h de domingo (23), que envolveu o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) e uma mulher que disse ter sido agredida por ele. O oficial da PM afirma não ter agredido ninguém e diz que só tomou o celular do chefe do Executivo Municipal após ser alvo de deboche por parte do político. O tumulto, registrado em vídeo (veja acima), aconteceu na avenida do Sambão do Povo, durante o desfile da Mocidade Unida da Glória (MUG), no Carnaval de Vitória.

Segundo o coronel Anechini, como atua na segurança do governador Renato Casagrande (PSB), ele recebeu uma pulseira que permitia livre acesso a todas as áreas comuns do Sambão, exceto os camarotes, durante dos desfiles na sexta-feira (21) e no sábado (22).

Imagens de videomonitoramento da Prefeitura de Vitória divulgadas nesta segunda-feira (24) mostram a confusão entre o coronel e seguranças que controlavam o acesso ao corredor da imprensa.

"Ao passar pelo corredor da imprensa, próximo à entrada do camarote do governo, onde eu iria entrar, tinha um segurança em pé, com uma barreira física incomum, e disse para mim que eu não iria passar. Expliquei para ele que estava com a pulseira de acesso livre e que poderia acessar ali para ir ao camarote", disse o oficial da Polícia Militar. 

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Sou subsecretário da Casa Militar e, junto com outros profissionais, auxilio na segurança e no deslocamento do governador, principalmente nesses eventos grandes

Coronel Sérgio Luiz Anechini
Subsecretário da Casa Militar do Governo do Estado
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O coronel Anechini afirma que tentou argumentar com o segurança que teria impedido a passagem dele. "Quando eu dei um passo e encostei nele, ele me agarrou e rasgou minha camisa. Eu não vi que tinha nenhuma segurança a mais ali, no local, porque eu conversava diretamente com esse homem. Nem sabia que tinha uma mulher ali", falou ele sobre a acusação de que teria agredido uma mulher durante a confusão. (leia mais abaixo) 

Segundo ele, o prefeito de Vitória teria se aproximado, em tom de deboche, filmando com um celular. "Ele estava rindo, debochando. E eu falei com ele: 'cara, não precisa disso, você me conhece, eu te conheço. Isso não é necessário'. Quando ele se aproxima, vejo que não vai parar de debochar e nem de filmar, então tomo o celular dele", disse Anechini.

Coronel envolvido em confusão deu versão dele dos fatos
Coronel envolvido em confusão deu versão dele dos fatos. (Caio Vasconcelos)

Nas imagens, é possível ver o momento em que o prefeito discute com o coronel e aponta o celular para ele, parecendo estar gravando. O coronel Anechini, de camisa azul, consegue pegar o aparelho da mão de Pazolini. A partir daí, começa uma confusão generalizada. É nesse momento que uma mulher acaba acertando o rosto de Pazolini com um tecido. Ele se desequilibra e cai na pista.

Mulher disse ter sido agredida pelo coronel

A mulher, sobre a qual o coronel Anechini fala, conversou com a reportagem de A Gazeta ainda na madrugada de domingo (23), momentos após a confusão. Segundo ela, o oficial da PM estaria tentando acessar uma área restrita do Sambão do Povo e foi contido pelos seguranças. Ainda conforme a mulher, quando o policial insistiu em entrar no local proibido, ela teria segurado a camisa dele.

"Nisso ele virou e me bateu, a camisa rasgou e arma ficou à mostra", relata a mulher, que pediu para não ser identificada. Ela informou que foi a uma delegacia da Capital, realizar exame de corpo de delito.

Ainda segundo o relato dela, após a camisa do militar ser rasgada e os seguranças notarem que ele estava armado, a equipe do prefeito se dirigiu até a área. "Pazolini estava gravando para tentar provar o ocorrido, enquanto a equipe dele estava ao redor para tentar conter o militar. Foi a hora que o cara tentou bater no Pazolini", afirma a mulher.

O que disse Pazolini

O prefeito Lorenzo Pazolini, também em conversa com a reportagem de A Gazeta momentos após a confusão, disse que um militar teria agredido uma mulher. Ele, então, teria tentado apartar. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o militar estaria armado.

O que diz a polícia

A Polícia Militar, em nota, disse que a madrugada deste domingo (23), policiais militares em cumprimento de escala ISEO durante o Carnaval de Vitória no Sambão do Povo, bairro Mário Cypreste, Vitória, foram acionados para atender uma ocorrência de vias de fato. Quando chegaram ao local as partes já haviam se retirado e não houve detido.

A Polícia Civil informou que houve registro do fato, por parte de um homem, que alega ter sido agredido por um segurança, na Delegacia Regional de Vitória. Ele realizou exame de corpo de delito e o fato será apurado.

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