A adolescente Ana Luiza Zucolotto da Silva, de 13 anos, natural de Alfredo Chaves, município da região Sul do Espírito Santo chegou à semifinal do quadro Pequenos Gênios, do programa Caldeirão do Huck, exibido pela Rede Globo. A menina, que diz amar a experiência, vem se destacando nas provas que testam a inteligência, a capacidade lógica e a memória dos participantes.
Comunicativa, Ana contou à reportagem de A Gazeta que tem gostado, em especial, de estudar coisas novas, enfrentar o desafio do jogo e de fazer novas amizades. Não sinto muita dificuldade, a gente estuda bastante durante o programa e recebe bastante ajuda dos professores. Além disso, posso contar com o meu pai, que me dá um reforço. Ter um pai professor de matemática me ajuda muito, relatou.
Luiz Carlos Alves da Silva, pai da estudante, confessou que não esperava tanto da participação da jovem. Até esperava menos, porque tudo foi novidade para ela. Ana nunca tinha andado de avião ou ficado em hotel, achávamos que ela ia sentir, que ia ter um cansaço emocional. Mas ela ficou tranquila, talvez um pouco mais nervosa no final. Perguntei até se ela queria desistir, mas ela está animada, disse.
O professor de matemática contou que a filha participou de um processo seletivo, com provas realizadas no Instituto Ponte, uma organização não governamental (ONG) reconhecida por transformar a vida de jovens capixabas por meio da educação. Eram mais de 20 crianças fazendo a prova, com câmera filmando e tudo. Mas não sabíamos que era para o Caldeirão, foi surpresa. Faziam algumas perguntas e na primeira etapa ela se saiu bem, afirmou.
Para Ana Luiza, a maior dificuldade no programa foi o momento do Córtex, uma prova realizada como última etapa, apenas com o grupo vencedor. O prêmio, nesta fase, é de R$ 50 mil. De acordo com a adolescente, ela não estava tão preparada para um desafio de lógica, o que acabou por deixá-la um pouco nervosa. Mas a sensação de estar na semifinal, nas palavras dela, é muito emocionante.
Estou sem palavras, é muito boa a sensação. Espero continuar na competição e chegar até o final e ganhar o programa. Para o futuro, eu acho que estou muito nova para decidir o que quero fazer profissionalmente. Por enquanto, amo muito a medicina. Espero que daqui para frente encontre outras áreas com as quais me identifique melhor.
Diante da situação atual, de pandemia do novo coronavírus, a Rede Globo esclareceu que o quadro "Pequenos Gênios" foi gravado antes da imposição de distanciamento social.
A rotina da aluna capixaba é típica de qualquer adolescente que também se dedica aos estudos. Segundo o pai dela, antes da pandemia, Ana acordava às 5h30 da manhã para se arrumar para a escola. Depois que retornava para a casa, passava a tarde estudando e fazia curso de matemática extra. Mas ela também gosta de jogar bola e brincar, tinha liberdade de sair por aí, já que mora na roça. Mas além da escola, ela estuda de 3 a 4 horas por dia, afirmou.
Sobre a inteligência acima da média, Luiz Carlos diz que nunca recebeu um diagnóstico, mas que a menina sempre teve boas notas e foi elogiada pelos professores, que chegavam a adiantar matérias de anos seguintes para que ela estudasse de forma antecipada. Hoje ela estuda na escola municipal em que o próprio pai dá aulas, chamada Professor Nicolau Krohling, em Marechal Floriano.
Quando questionada se a motivação para os estudos vem naturalmente, ela conta que em parte deve às exigências dos pais. Mas também parte de mim, sou muito responsável, pego um pouco pesado comigo mesma com esse negócio de estudos, contou.
A jovem Ana Luiza, que é a única capixaba a ter chegado tão longe na competição, participará de um bate-papo nesta quarta-feira (27), a partir das 18h30, no Instagram do Instituto Ponte (institutoponte_). A mediadora da live será a também aluna da Ong, Laura Lemos.
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