A sabedoria dos mais velhos é passada de geração em geração, muitas vezes pela oralidade, isto é, pelo que é contado nas famílias e comunidades. São as experiências vivenciadas, o conhecimento adquirido e levado adiante, atravessando até mares e fronteiras. Assim, os provérbios ajudam a contar a história de um povo e transmitem seus ensinamentos.
Para marcar o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, A Gazeta se juntou ao Descolonize, projeto capixaba de educação antirracista, e selecionou cinco ditos populares africanos. É a sabedoria ancestral guardada em provérbios. Confira:
A equipe do Descolonize destaca que a ideia aqui é demonstrar que, mesmo estando numa posição de superioridade, a pessoa não deve se esquecer de como é não estar nessa condição. Trata-se de saber colocar-se no lugar do outro, ter empatia.
Nesse provérbio, a mensagem, na avaliação do Descolonize, é que só sabe como algo funciona quem vivencia tal realidade. Nesse contexto, observa a equipe com outro dito popular, é falsa a ideia de que "a grama do vizinho é mais verde" porque quem está fora desse jardim só enxerga por cima.
Ubuntu é uma filosofia e, entre outros ensinamentos apontados pelo Descolonize, diz que as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha. Embora não haja uma tradução perfeita em língua portuguesa para a palavra, pode ser entendida como “minha existência está conectada à do outro”.
Esse provérbio surgiu na Nigéria, porém tem mais versões de outros países africanos. Na Tanzânia, por exemplo, se diz: “Um só joelho não ampara uma criança” e, na região da África Central, há o ditado: “Uma só mão não nina uma criança".
Para o Descolonize, a mensagem é de que a responsabilidade envolvida nos cuidados com uma criança não é só dos pais, mas de toda a sua família e da comunidade.
Este ditado tem um equivalente no Brasil: a união faz a força. Não importa tamanho, cor, religião: juntos somos mais!
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta