O Espírito Santo não registrou, até o momento, reações graves às vacinas contra a Covid-19 que vêm sendo aplicadas no Estado. A informação foi divulgada em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (26), em que estiveram presentes o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Luiz Carlos Reblin. O esclarecimento vem após preocupação com relatos de efeitos adversos ao redor do mundo, em especial concernentes ao imunizante de Oxford, que também vem sendo aplicado no Estado.
No mês de março, países europeus como Espanha, Itália, Alemanha, França e outros chegaram a suspender o uso do imunizante desenvolvido em parceria com a AstraZeneca. A medida foi tomada após o procedimento de imunização ter sido relacionado à formação de coágulos sanguíneos, o que foi negado, à época, pelo laboratório.
Já no dia 18 de março, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que avaliou que a vacina da farmacêutica AstraZeneca é "segura e eficaz". Diante da publicação, países europeus iniciaram a retomada da imunização por meio da vacina desenvolvida pela universidade inglesa.
No Brasil, a cautela da população, diante das informações que chegavam, não foi diferente. No entanto, nesta tarde, de acordo com pronunciamento do subsecretário Reblin, todos os relatos até o momento no Espírito Santo são de reações leves aos imunizantes.
No mesmo sentido, o secretário reiterou a importância de vacinar e desmistificou questões sobre a vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca, ressaltando que há vantagens explícitas na continuidade da imunização por ela.
"Os efeitos da AstraZeneca não são suficientes para recomendar a suspender a aplicação em geral. A ampla maioria dos profissionais da saúde foram vacinados com ela, inclusive foi o meu caso e o do Reblin. A resposta imunológica é extraordinária, é um dos melhores imunizantes disponíveis hoje no mercado internacional. O Brasil acertou em desenvolver via Fiocruz, em parceria com a Oxford e AstraZeneca, a mesma vacina aqui no Brasil", disse Nésio.
Um assunto que tem preocupado os capixabas tem relação com o atraso do recebimento da segunda dose em alguns dias, já que este tem sido o caso da Coronavac, produzida pelo instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O repasse dos lotes aos Estados, prometido pelo Ministério da Saúde, foi menor que o necessário para atender a todo o público.
De acordo com o secretário, Nésio Fernandes, não é provável que a demora de alguns dias prejudique a vacinação. "Não é possível afirmar que não há prejuízo na eficácia total com o atraso da segunda dose. No entanto, dados os estudos já publicados, a resposta imune foi melhorada com a ampliação do prazo. É possível que, ao longo das próximas semanas, o período de aplicação da vacina seja ampliado a pedido do próprio Butantan. A probabilidade é muito baixa de que haja prejuízo com o atraso de alguns dias", garantiu.
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