A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) esclarece que, a decisão pela vacinação de pessoas com enfermidades reumáticas deverá ser tomada individualmente, analisando cada caso. Segundo a SBR, pacientes com doenças reumatóides autoimunes não estão entre os grupos de risco da Covid-19, sendo assim, a maior parte deles tem indicação para se vacinar. Por isso, a resposta para a pergunta "Quem não deve tomar vacina?" foi reformulada e o texto atualizado.
Aprovada por unanimidade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último domingo (17), a Coronavac será a primeira vacina usada na campanha de imunização da população capixaba contra a Covid-19, que começou na segunda-feira (18). Nesta fase inicial, foram enviadas ao Espírito Santo pelo ministério da Saúde, 101.320 frascos, suficientes para vacinar mais de 50 mil pessoas, com a primeira e segunda dose.
Para tirar dúvidas da vacina que vai ser aplicada no grupo prioritário capixaba, A Gazeta reuniu as principais dúvidas e informações sobre o imunizante. Fazem parte do primeiro grupo que está sendo vacinado 42.273 profissionais da área da Saúde da linha de frente no combate à Covid-19, 2.793 indígenas, 2.970 idosos que moram em asilos e 210 pessoas com deficiência institucionalizadas.
A vacina chinesa começou a ser testada em voluntários brasileiros no mês de julho do ano passado. No Brasil, os estudos da última fase foram acompanhados por 12 centros de pesquisa em cinco estados e no Distrito Federal.
Um acordo firmado entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac, responsável pela Coronavac, no valor de US$ 90 milhões, formalizou a transferência de tecnologia para produção da vacina pelo Butantan.
Além das 6 milhões de doses da vacina entregues ao Ministério da Saúde no domingo (17), para serem distribuídas aos estados, outras 40 milhões serão formuladas e envasadas em São Paulo.
Na primeira fase da vacinação no Espírito Santo, que teve início na segunda-feira (18), 48.246 pessoas serão contemplados no Espírito Santo, totalizando 96.492 doses. Fazem parte do primeiro grupo 42.273 profissionais da área da Saúde, 2.793 indígenas, 2.970 idosos institucionalizados e 210 pessoas com deficiência institucionalizadas.
Os pesquisadores apontaram que a eficácia global, para todos os casos, é de 50,38%. Isto significa que uma pessoa não vacinada e exposta ao vírus tem o dobro de chance de se infectar com o coronavírus do que alguém que está vacinado. Contra os sintomas leves, o imunizante resulta numa eficácia de 78%, ou seja, entre os vacinados que tiverem a doença, 78% não precisa recorrer à assistência médica. Já nos casos graves ou moderados, a eficácia é de 100%. O número atesta que, entre as pessoas vacinadas que se infectaram, nenhuma delas precisaria de internação hospitalar ou ficaria em estado grave.
Inicialmente, a vacina chinesa é a única que está sendo distribuída aos estados pelo governo federal. No entanto, o governador Renato Casagrande informou que o governo estadual mantém contato com outros laboratórios que tenham aprovação na Anvisa com a intenção de comprar mais imunizantes e, assim, agilizar o plano estadual de imunização no Espírito Santo.
São necessárias duas doses da vacina Coronavac para a imunização. A segunda é aplicada entre 14 e 28 dias após a aplicação da primeira.
Segundo a bula da Coronavac, a vacina não é indicada para pessoas que têm ou já tiveram alergia a algum componente da fórmula da vacina (hidróxido de alumínio, hidrogenofosfato dissódico, di-hidrogenofosfato de sódio, cloreto de sódio, água para injetáveis e hidróxido de sódio para ajuste de pH, além do antígeno do vírus inativado SARSCoV-2) e para quem estiver com alguma doença aguda ou febre ou início agudo de doenças crônicas não controladas no momento da vacinação. Pacientes com doenças autoimunes e que passam por terapias imunossupressoras (que reduzem a eficiência do sistema imunológico) podem consultar o médico para saber se devem tomar a vacina. Os casos devem ser avaliados individualmente.
Ainda não está prevista a disponibilização da vacina às gestantes, porque não foram realizados testes suficientes que deem segurança a aplicação nesse público-alvo.
No braço.
Segundo o Butantan, as reações mais comuns entre os voluntários após a aplicação da primeira dose foram dor no local da aplicação e dor de cabeça. Não há nenhum relato de reação adversa grave à vacina até o momento.
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