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Coronavírus: ES levou 19 dias para passar de 9 mil a 10 mil mortes

Coronavírus: ES levou 19 dias para passar de 9 mil a 10 mil mortes

Considerando cada mudança de milhar, este foi o terceiro menor intervalo de tempo de toda a pandemia; recorde é de apenas duas semanas

Publicado em 11 de maio de 2021 às 20:21

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Dez mil mortes covid-19
Nesta terça-feira (11), o Espírito Santo chegou ao total de 10.013 mortes causadas pelo novo coronavírus, desde o início da pandemia. (Geraldo Neto | A Gazeta)

Espírito Santo chegou à triste marca de 10 mil mortes causadas pelo novo coronavírus nesta terça-feira (11) — exatamente 19 dias depois de ter ultrapassado a marca dos 9 mil óbitos. Desde o início da pandemia, este é o terceiro menor período levado para a mudança no milhar do indicador.

Coronavírus - ES levou 19 dias para passar de 9 mil a 10 mil mortes

Embora ainda bastante curto, este tempo consegue representar uma pequena melhora, após dois recordes seguidos: para sair de 7 mil e chegar a 8 mil vidas perdidas, o Estado levou somente 16 dias; e para deixar os 8 mil e atingir os 9 mil óbitos, bastaram apenas duas semanas de abril.

Essa desaceleração é reflexo do atual momento vivido pelos capixabas, que é de queda sustentada no número de novos casos confirmados, internações e mortes. Desde o final do mês passado, o Espírito Santo vive a "fase de recuperação" da terceira – e pior – onda da pandemia da Covid-19.

Prevista para acontecer após o Carnaval, a última expansão da doença teve quatro principais motivos, segundo os especialistas: a sazonalidade das doenças respiratórias, as novas variantes do coronavírus, o relaxamento com as medidas de distanciamento social e as aglomerações mais frequentes.

Juntos, todos esses fatores, fizeram com que o Estado enfrentasse picos ainda mais altos que os da primeira onda, registrada em junho e julho do ano passado. Assim como os níveis atingidos na segunda expansão, mais tímida, que aconteceu entre o final de novembro de 2020 e janeiro de 2021.

Essas oscilações impactam o ritmo com que as mortes foram sendo contabilizadas. Ao longo do primeiro ano da pandemia, nunca tinham sido registradas 1.000 vidas perdidas em menos de 29 dias. No segundo semestre, para o Estado passar de 3 mil a 4 mil óbitos, o intervalo chegou a ser de 86 dias.

Ritmo das mortes por Covid-19 no ES

• 1 mil mortes: em 13 de junho, com 100 dias de pandemia
• 2 mil mortes: em 12 de julho, com mais 29 dias
• 3 mil mortes: em 21 de agosto, com mais 40 dias
• 4 mil mortes: em 15 de novembro, com mais 86 dias
• 5 mil mortes: em 29 de dezembro, com mais 44 dias
• 6 mil mortes: em 8 de fevereiro, com mais 41 dias
• 7 mil mortes: em 23 de março, com mais 44 dias
• 8 mil mortes: em 8 de abril, com mais 16 dias
• 9 mil mortes: em 22 de abril, com mais 14 dias
• 10 mil mortes: em 11 de maio, com mais 19 dias de pandemia

Para esta contagem, a reportagem de A Gazeta considerou que a pandemia no Espírito Santo teve início no dia 5 de março de 2020, com a confirmação do primeiro caso pelo Ministério da Saúde. Dessa forma, o Estado chegou a mil óbitos no 100º dia e saltou para 10 mil, depois de somente mais 333 dias.

O Espírito Santo já tem mais de 9 mil mortes causadas pelo novo coronavírus
Cada "morte divulgada" é uma pessoa que perdeu a vida. Um pai, uma mãe, um amigo, uma namorada. (Montagem | A Gazeta)

Se a desaceleração continuará ou se será interrompida depende de diversos fatores, especialmente o ritmo da vacinação contra a Covid-19 e o comportamento dos próprios capixabas, conforme dito pelo secretário de saúde Nésio Fernandes na última coletiva on-line, realizada nessa segunda-feira (10).

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Não viver uma nova expansão até junho dependerá da população e da atenção primária de saúde

Nésio Fernandes
Secretário de Saúde do Espírito Santo
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"O período de queda entre a primeira e a segunda expansão foi longo, de julho até novembro. Conseguimos viver um grande período de estabilidade, que não foi conquistado entre a segunda e a terceira onda. Queremos apostar que, ao longo das próximas semanas, conseguiremos preservar vidas", disse.

Para isso, ele ressaltou que aquelas velhas medidas seguem sendo essenciais. "Todos estarão suscetíveis à adesão social. Apesar das novas cepas, estamos lidando com a mesma doença. Sabemos como nos prevenir: uso de máscara, higienização das mãos, ambientes ventilados e evitar aglomerações", concluiu.

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