O número de mortes causadas pelo novo coronavírus segue diminuindo no Espírito Santo. Nesta primeira quinzena de outubro foram registrados 149 novos óbitos 69 a menos que o acumulado durante o mesmo intervalo em setembro, o que representa uma queda de 31,65%.
Para ter uma ideia ainda mais clara da redução, o número de mortes registradas na primeira quinzena de outubro só não é menor que o de abril mês em que as primeiras mortes de capixabas na pandemia foram confirmadas. Considerando o recorte de 15 dias, junho que teve a maior média diária de óbitos até agora registrava 32 mortes no intervalo de 24 horas, enquanto outubro segue com a média de 10.
Vale lembrar que essas comparações são feitas por A Gazeta com base nas atualizações do Painel Covid-19 pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Ou seja, utilizamos o número de mortes divulgadas a cada dia, no intervalo de 24 horas, o que não necessariamente representa a contabilização de óbitos que ocorreram na mesma data.
Se a redução das mortes é uma constatação positiva, o comportamento do número de novos contaminados merece atenção e serve de alerta: ele voltou a crescer depois de dois meses de redução. Na primeira quinzena de outubro foram confirmados mais 10.929 casos, 1.218 a mais que o mesmo período de setembro.
Embora o aumento não seja tão expressivo (+12,5%), ele pode estar refletindo o afrouxamento dos cuidados que a população deve ter, como o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos. Aglomerações têm sido registradas com frequência nas ruas, bares e praias, por exemplo. Outro fator que impacta no aumento de registros de novos casos é a maior testagem da Covid-19 realizada no Estado, já no primeiro atendimento médico.
Dados atualizados pela Sesa nesta quinta-feira mostram que 3.694 pessoas já morreram no Espírito Santo em decorrência da Covid-19.
Apesar de ressaltar que as três semanas epidemiológicas seguintes ao Feriado da Independência do Brasil, em 7 de setembro, apresentaram uma crescente de casos, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, reforçou que o Estado continua na fase de consolidação da queda.
Já em relação ao número de mortes, ele revelou que também houve um aumento no final do mês passado, "mas a semana epidemiológica em vigor, que termina no sábado (17) deve ter uma redução significativa". Ele também explicou que o maior controle e conhecimento sobre a doença são fatores importantes para esta redução.
Ainda assim, ele reforçou que "não existe lugar no planeta que haja ausência de risco" para a transmissão da Covid-19. "Há um relaxamento. As pessoas acham que não tem risco, mas isso não é verdade. É preciso continuar com restrições e cuidados como distanciamento, máscaras e higienização das mãos", afirmou.
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