O Espírito Santo já perdeu 3.767 vidas para a pandemia do novo coronavírus. Do total de mortes contabilizadas até quarta-feira (22), 1.127 foram de pessoas que não tinham comorbidades. Em outras palavras, a cada três óbitos registrados no Estado, um foi de paciente que era considerado saudável antes de contrair o vírus. Os dados são do Painel Covid-19, da Secretaria de Saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde considera comorbidades as doenças cardíacas, renais, diabetes e problemas pulmonares, além de fatores como obesidade e tabagismo. As deficiências relacionadas ao coração e o diabetes seguem sendo os mais graves, se considerado o perfil das mortes na pandemia.
Vale ressaltar que dos 1.127 óbitos entre aqueles que eram considerados saudáveis, 348 ocorreram em indivíduos com menos de 60 anos. Ou seja, pessoas que nem mesmo integravam o grupo risco para a Covid-19, já que os idosos também têm maior tendência de evoluir para casos graves da doença.
Doutora em epidemiologista, Ethel Maciel garante que a proporção de 30% é maior que a verificada em outros lugares. "Ainda não sabemos por qual motivo isso está acontecendo. Pode ser por uma associação com alguma doença, sejam elas respiratórias ou arboviroses, como a chikungunya e a dengue", disse.
O médico infectologista Crispim Cerutti Júnior também acredita que a frequência seja superior à esperada. "A expectativa é que tivéssemos uma proporção menor, mas um evento que é pouco frequente se torna numeroso à medida que a exposição da categoria é alta".
"Acho que essa proporção deve aumentar, principalmente porque a adesão aos cuidados e ao distanciamento social das pessoas mais jovens não tem se mostrado crescente. Temos um grande contingente de jovens se expondo, que estão ignorando as medidas progressivamente", finalizou.
Dados sobre a doença no Estado mostram que 148.055 pessoas tiveram diagnóstico positivo desde o início da pandemia. Destas, 3.767 morreram e 136.530 estão curados. A taxa de letalidade da doença por permanece em 2,5%.
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