A vulnerabilidade de quem possui alguma doença crônica ou é idoso sempre recebe maior atenção de médicos, especialistas em saúde e do Ministério da Saúde quando se trata de coronavírus. Diabéticos, hipertensos, asmáticos e outros portadores de problemas de saúde possuem maior probabilidade de terem Covid-19 de forma mais grave, levando à morte. No Espírito Santo, a maior parte dos pacientes que morreram integrava o grupo de risco.
Dos 17 registros de morte até a noite de segunda-feira (13), 94% possuíam pelo menos um fator de risco. Dez vítimas eram idosas, sendo que pelo menos três delas já sofriam com uma doença pré-existente, fato chamado de comorbidade, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Cinco deles viviam em uma casa de repouso, em Vitória.
"Isso está acontecendo no mundo inteiro, não apenas no Brasil. As pessoas mais velhas e portadores de doenças crônicas são mais suscetíveis a ter o coronavírus com complicações devido à baixa imunidade que possuem", explicou o infectologista Lauro Ferreira Pinto.
Porém, o médico alerta que até mesmo quem tem saúde boa pode apresentar um quadro grave da doença, como no caso do funcionário da Prefeitura da Serra, Dennis Mageski, 37 anos. A família dele disse que Denis era saudável, havia parado de fumar há três anos e não tinha doenças crônicas. A Sesa, porém, informou que ele tinha comorbidade, mas não apontou qual.
"Existem pacientes com saúde boa, jovens, que estão fora do grupo de risco, que chegam a falecer. Essa é a razão para que todos tenham cuidado. Ainda não sabemos explicar isso, são pessoas que vem com quadro não tão grave, mas que tem uma piora súbita. Há um choque, um colapso respiratório e alteração cardíaca grave que leva à morte. O encontro entre o vírus e o corpo humano varia de pessoa para pessoa", pontuou Lauro Ferreira.
Outro dado que chamou atenção é que sete vítimas tinham obesidade, que também é fator de risco. Do grupo de obesos, somente um tinha mais de 60 anos e três também eram hipertensas.
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