No penúltimo mês do ano, a sensação é de déjà-vu: o número de casos confirmados do novo coronavírus e de óbitos em decorrência dele aumentaram no Espírito Santo. Apenas em novembro, foram registradas mais 424 mortes o que representa um crescimento de 36,7% em relação a outubro.
Diante da já longa pandemia, é importante ressaltar que essa foi a primeira vez que a quantidade de vidas perdidas voltou a subir, desde o pico em junho. Depois de cinco quedas consecutivas, o número total de novembro é também maior que o de setembro, quando foram divulgadas 387 mortes.
Vale lembrar que todos os dados utilizados nesta reportagem por A Gazeta consideram as atualizações diárias do Painel Covid-19, feitas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Desde o início de abril até esta segunda-feira (30), o Espírito Santo já registrou mais de 4 mil mortes, exatas 4.279.
Para se ter noção da grandeza desse número, de acordo com o Portal de Transparência do Registro Civil, a pandemia já é responsável por cerca de 20% de todas as mortes do Estado. Na semana passada, a interrupção da queda desses óbitos era visto como um sinal de alerta pelo Governo Estadual.
Além do aumento no número de mortes, novembro trouxe um incremento bastante significativo na quantidade de casos confirmados do novo coronavírus no Espírito Santo: foram 34.280 pessoas infectadas cerca de 10 mil a mais que outubro, representando um crescimento de 41,4%.
Aliás, este mês só ficou atrás de julho, quando 36.399 diagnósticos positivos foram divulgados. No entanto, nessa comparação, é importante considerar a ampliação da testagem a partir de setembro, na qual todas as pessoas com suspeita de Covid-19 eram testadas, assim como os respectivos contatos domiciliares.
Na coletiva de imprensa desta segunda-feira (30), o secretário de Saúde Nésio Fernandes admitiu que o Estado vive uma segunda fase de expansão da pandemia, com impactos na quantidade de pessoas internadas nos hospitais da rede pública e, consequentemente, na de vidas perdidas.
Embora tenha garantido que ainda não há uma "grande pressão por assistência médica", ele adiantou que a Sesa vai fazer uma nova expansão de leitos e que, independentemente disso, o agravamento da situação já é "suficiente para reconhecer a importância de medidas sociais e sanitárias".
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