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Coronavírus no ES: tendência de estabilização não permite flexibilização

Coronavírus no ES: tendência de estabilização não permite flexibilização

Número de casos tem se mantido estável em Vitória e Serra; ainda assim, por causa do menor isolamento social, Governo do ES pode endurecer medidas

Publicado em 22 de junho de 2020 às 17:05

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Nésio Fernandes, secretário estadual de saúde, durante entrevista desta segunda-feira (22); ao lado, Luiz Carlos Reblin, subsecretário de vigilância em saúde. (Divulgação | Sesa)
Coronavírus no ES: tendência de estabilização não permite flexibilização

Depois de aproximadamente 100 dias do início da pandemia do coronavírus no Espírito Santo, alguns municípios estão apresentando tendência de estabilização quanto ao número de novos casos, como Vitória e Serra. No entanto, a aparente contenção não permite que medidas de flexibilização sejam adotadas – tanto pelo Governo do Estado, quanto pela sociedade civil.

Constatada pela terceira fase do inquérito sorológico, a desaceleração no ritmo do contágio na Grande Vitória voltou a ser abordada pelo secretário estadual de saúde Nésio Fernandes. Em entrevista concedida na tarde desta segunda-feira (22), ele ressaltou que o cenário não é o mesmo em todo o território capixaba e fez alertas.

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Ainda há uma curva acelerada, em menor velocidade, em Vila Velha e Cariacica. Além de um crescimento acelerado no interior do Espírito Santo, que tem três semanas de atraso em relação à Grande Vitória. Por isso, a tendência de estabilização em alguns municípios não permite que o Governo Estadual ou a população tome medidas diferentes daquelas adotadas nos últimos três meses

Nésio Fernandes
Secretário de Saúde do Espírito Santo
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Nesse contexto, o secretário criticou a postura adotada por centenas de pessoas que ignoraram as orientações e foram às ruas ou às praias aproveitar os recentes dias de sol e calor – o que fez cair o índice de isolamento social e, consequentemente, aumentar o risco de contágio pelo novo coronavírus.

48,28%
foi o índice de isolamento social atingido no último sábado (20) no Espírito Santo, o menor para tal dia da semana, desde o início da medição em abril

Ressaltando que não houve mudanças por parte do Governo do Estado, ele afirmou que “a redução radical do isolamento” aconteceu “por livre decisão da sociedade” e que isso faz com que “pessoas que antes não estavam expostas circulem em um momento de grave crise”. Atitude que classificou como “indisciplina social”.

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A redução do isolamento social pode romper a estabilização na Grande Vitória e aumentar a demanda no sistema privado e no sistema público de saúde, colocando em risco a vida das pessoas e a capacidade de garantir acesso a leitos hospitalares

Nésio Fernandes
Secretário de Saúde do Espírito Santo
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Por isso, se a baixa adesão ao isolamento social continuar, Nésio Fernandes afirmou que medidas devem ser enrijecidas. “É possível que tenhamos que reavaliar as ações previstas para o risco moderado e alto da matriz de risco para que consigamos aumentar o grau de distanciamento social e melhorar os indicadores relacionados à Covid-19”, adiantou.

Afinal, nas palavras dele, “não faz sentido manter medidas que não estão surtindo efeito no comportamento da sociedade”. “As medidas são sobre restringir atividades econômicas e sociais; e elas devem ser suficientes para manter as pessoas dentro de casa”, explicou o secretário.

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