Depois de aproximadamente 100 dias do início da pandemia do coronavírus no Espírito Santo, alguns municípios estão apresentando tendência de estabilização quanto ao número de novos casos, como Vitória e Serra. No entanto, a aparente contenção não permite que medidas de flexibilização sejam adotadas tanto pelo Governo do Estado, quanto pela sociedade civil.
Constatada pela terceira fase do inquérito sorológico, a desaceleração no ritmo do contágio na Grande Vitória voltou a ser abordada pelo secretário estadual de saúde Nésio Fernandes. Em entrevista concedida na tarde desta segunda-feira (22), ele ressaltou que o cenário não é o mesmo em todo o território capixaba e fez alertas.
Nesse contexto, o secretário criticou a postura adotada por centenas de pessoas que ignoraram as orientações e foram às ruas ou às praias aproveitar os recentes dias de sol e calor o que fez cair o índice de isolamento social e, consequentemente, aumentar o risco de contágio pelo novo coronavírus.
Ressaltando que não houve mudanças por parte do Governo do Estado, ele afirmou que a redução radical do isolamento aconteceu por livre decisão da sociedade e que isso faz com que pessoas que antes não estavam expostas circulem em um momento de grave crise. Atitude que classificou como indisciplina social.
Por isso, se a baixa adesão ao isolamento social continuar, Nésio Fernandes afirmou que medidas devem ser enrijecidas. É possível que tenhamos que reavaliar as ações previstas para o risco moderado e alto da matriz de risco para que consigamos aumentar o grau de distanciamento social e melhorar os indicadores relacionados à Covid-19, adiantou.
Afinal, nas palavras dele, não faz sentido manter medidas que não estão surtindo efeito no comportamento da sociedade. As medidas são sobre restringir atividades econômicas e sociais; e elas devem ser suficientes para manter as pessoas dentro de casa, explicou o secretário.
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