Uma nova matriz de risco para lidar com a disseminação do novo coronavírus vai começar a ser utilizada pelos governos municipais e estadual do Espírito Santo para servir de referência na tomada de medidas públicas neste momento da pandemia. O anúncio foi realizado na tarde desta quarta-feira (26) durante coletiva do governador Renato Casagrande.
Desde o mês de abril, o Governo Estadual trabalha com uma matriz de risco, criada pela Sala de Situação e formada por especialistas de diferentes áreas, para indicar medidas qualificadas de atuação para conter a disseminação do vírus. Até então eram considerados vetores como letalidade, porcentagem da população idosa, número de casos confirmados de pessoas contaminadas e taxa de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
Diferentemente do formato anterior, a nova matriz de risco visa manter a convivência com a pandemia e começará a ser utilizada na próxima segunda-feira (31).
Para apontar a classificação no grau de risco baixo, moderado, alto e extremo de cada município, serão avaliados dois eixos. Um deles será o eixo vulnerabilidade, que contará a taxa de ocupação de leitos estaduais destinados a pacientes com Covid-19, atualmente em 61% dos leitos em potencial. O outro, eixo ameaça, contará com dados municipais de três indicadores:
Os dois primeiros itens terão peso de 30% e a média móvel de mortes terá 40% de peso para o cálculo da média ponderada. Juntando os dois eixos, será realizado o mapa de risco de convivência de cada cidade.
"O eixo ameaça nos dará uma proximidade da atual situação de cada município. O objetivo é salvar vidas desde o primeiro momento da pandemia, por isso buscamos reduzir óbitos. Estamos reduzindo, mas ainda lentamente, queremos dar velocidade a essa queda", explicou Renato Casagrande.
A nova matriz de risco será apresentada para os prefeitos nesta quinta-feira (27), às 15 horas. Casagrande explicou que cada um desses indicadores são pontos que a gestão municipal pode atuar diretamente, por exemplo, ao isolar casos ativos, dar atenção e acompanhamento às pessoas contaminadas e fazer o primeiro atendimento ao doente, além de testar mais pessoas.
"A atuação dos grupos de gestão da Covid-19 montados em cada município podem interferir diretamente no grau de risco da sua cidade. Quanto mais precoce e mais próximo o atendimento à pessoa contaminada, vamos reduzindo o número de óbitos. É um trabalho de todos nós, em especial de cada município", pontuou o governador.
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