O retorno das aulas presenciais nas escolas da rede estadual vai depender, principalmente, da taxa de transmissão do novo coronavírus. De acordo com o governador Renato Casagrande, a volta só deve ocorrer quando ela for inferior a 1, ou seja, quando um infectado contaminar apenas uma pessoa.
Também será necessário que outros indicadores de controle da doença sinalizem um cenário mais favorável. Um exemplo citado pelo governador é o de que o número de casos ativos seja bem inferior ao número de pessoas curadas da doença.
Mas o que vai determinar o retorno às aulas é o índice de transmissão. Se não tiver queda no contágio, não poderemos colocar em risco a vida de alunos, professores, servidores, destacou.
Casagrande destacou que o ambiente escolar é um local de forte interação. A escola é local de maior interação, com aluno que sai de sua comunidade, com vizinhos, amigos, família, e vai ao encontro de seus colegas. Há unidades com 300 alunos, outras com quase mil, sem contar a relação com professores e outros servidores. Precisamos que a pandemia esteja controlada para que possam voltar com segurança, assinalou.
A terceira fase do inquérito sorológico, que permite avaliar o avanço da doença, apontou que no Estado a taxa de transmissão, chamada de RT, é de 1,62. Na prática, isto significa que 10 pessoas podem contaminar outras 16.
Na Grande Vitória, a RT é de 1,56 (10 pessoas transmitindo para 15,6). Já no interior, com destaque para os municípios chamados polos, como Cachoeiro, Linhares, Colatina, dentre outros, a taxa é de 2,17 (10 pessoas contaminando outras 21). A taxa ideal é aquela que fique abaixo de 1.
De acordo com Casagrande, o mês de julho será importante para avaliação do comportamento da doença. O ideal é ter queda da transmissão, ir reduzindo o número de pessoas infectadas. Tem que estar abaixo de 1. E se for caindo, temos condições de organizar atividades presenciais, mas de forma cautelosa, ponderou.
Apesar de o RT da Grande Vitória ser menor que o do interior do Estado, o governador destaca que a região ainda é um local perigoso porque a interação social aumentou nos últimos dias.
Casagrande não descarta a possibilidade de que, em função disto, as aulas sejam retomadas em datas diferentes no Estado. Nosso desejo é retomar as aulas todas ao mesmo tempo, no Estado todo. Mas a realidade pode nos fazer tomar outras decisões. É um tema que vamos discutir com municípios e escolas privadas, informou.
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