Neste momento de contínuo aumento dos casos de contaminação pelo novo coronavírus no Espírito Santo, uma situação chamou a atenção de quem circulava no aeroporto de Vitória na manhã desta segunda-feira (04): passageiros reclamaram da aglomeração que se formou próximo ao check-in de uma companhia aérea, que chamava para voo com destino a São Paulo. O motivo, segundo os clientes, era um "overbooking", ou voo com lotação acima da máxima possível para a aeronave.
A brasileira que mora em Boston, Mariana Haughey contou que tinha conexão para os Estados Unidos e que, diante da situação enfrentada, acabou por perder os voos. "Eu não fui reembolsada, mas consegui remarcar a passagem, nesse sentido a Latam foi atenciosa. Apesar disso, o aeroporto esteve muito cheio e não havia distribuição de máscara nem afastamento mínimo entre as pessoas. Cheguei a solicitar que um distanciamento fosse feito", contou.
A passageira contou ainda que retornou ao aeroporto horas depois para remarcar a passagem e que havia fila na loja da companhia. "A gente ia no guichê, eles pediam para esperar ao lado e ficava todo mundo se aglomerando, esperando. Pedi para o rapaz para marcar no chão o distanciamento ou para que passassem avisando, mas ele falou que não era responsabilidade da Latam, e que as pessoas sabem o que devem fazer".
De acordo com Haughey, a maior queixa em relação a toda a situação se deve à postura da empresa aérea diante do momento de pandemia, com alguns funcionários sem máscara e que não buscaram orientar os passageiros.
Em resposta às reclamações dos clientes, a companhia aérea Latam se manifestou no sentido de que vem mantendo apenas uma malha aérea mínima essencial e que, por isso, teria precisado reacomodar passageiros do voo com destino a Guarulhos, que partiu às 8h20 da manhã.
Em nota, a empresa lamentou os transtornos e afirmou ter orientado os clientes para que mantivessem uma distância de segurança entre si, evitando aglomerações ou formação de filas. "A companhia reforça ainda que para elevar os níveis de segurança, implementou medidas emergenciais nos aeroportos, incluindo filas transversais aos balcões de check-in, marcações no chão para sinalização do distanciamento necessário entre as pessoas e distribuição de álcool gel para os clientes nos horários de maior movimentação".
Já o aeroporto de Vitória, cuja gestão é feita pela Aeroportos do Sudeste do Brasil (ASeB), informou que tem tomado todas as medidas recomendadas pela Anvisa e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção à Covid-19. Em nota, afirmou que situações como a ocorrida nesta segunda-feira (04) fazem parte da rotina dos aeroportos. "No entanto, por mais que a concessionária e as empresas dentro dos terminais orientem e possuam estrutura para o bom funcionamento das operações, é imprescindível que a população faça a sua parte e siga as orientações recomendadas. Só a conscientização de todas as partes e o trabalho em conjunto, poderão evitar situações de risco".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta