Os corpos dos adolescentes Kauã Loureiro, de 15 anos, e Wellington Simon, de 14, chegaram por volta de 16h desta quarta-feira (6) à capela mortuária no Centro de Sooretama, no Norte do Espírito Santo, onde estão sendo velados. Familiares e amigos ocuparam o local para se despedir dos meninos.
Os adolescentes foram encontrados mortos na última sexta-feira, dia 1º de setembro, enterrados em meio a uma plantação de eucalipto na zona rural de Sooretama. Eles estavam desaparecidos desde o dia 18 de agosto em um caso que gerou grande comoção em todo o país. Junto deles estava Carlos Henrique Trajanos, de 15 anos, cujo corpo segue no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória aguardando resultado de DNA para ser liberado.
Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado por um confronto entre gangues rivais do tráfico de drogas. Os três jovens, que eram amigos, não tinham passagem pela polícia e morreram quando, por curiosidade, foram até o bairro vizinho, onde havia acontecido um tiroteio. Depois disso, nunca mais foram vistos.
Pai de Kauã, Marcelo Correa agora se diz aliviado com a liberação do corpo do filho para a família fazer o enterro. “O sentimento é de alívio. Não desejo isso para pai nenhum passar o que estou passando, mas espero em Deus que Ele vai nos dar força”, disse.
Após terem sido localizados, devido ao avançado estado de decomposição, os corpos foram levados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. As famílias precisaram realizar exames para tentar adiantar a identificação e a liberação dos corpos. A previsão inicial para a conclusão de todo esse processo poderia durar 45 dias, mas foi antecipado.
Diretor da escola João Neves Pereira, onde Kauã e Wellington estudavam, Francisco Assis Rangel contou que a unidade de ensino realizou orações nos dias de luto.
“A gente fez um círculo de oração por três dias, com igrejas que puderam ir lá fazer uma oração nos três dias de luto. Foi uma barbaridade o que aconteceu. A comunidade não pode deixar impune, tem que falar sobre isso e as autoridades tomar uma providência”, comentou.
Os sepultamentos dos meninos estão marcados para às 17h30.
O corpo da terceira vítima, Carlos Henrique Trajanos, de 15 anos, ainda não foi liberado, pois o adolescente era adotado e, para identificá-lo, foi necessário ir a Pedro Canário, extremo Norte do Estado, para buscar uma irmã biológica do menino e levá-la para realizar um exame de DNA.
*Com informações de Isaac Ribeiro, da TV Gazeta Norte
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