Francisca Campos Fracarolli, de 93 anos, lembra das primeiras celebrações de Corpus Christi em Castelo, no Sul do Espírito Santo, onde mora até hoje. Na época, ainda em 1963, os enfeites eram mais simples, porém representavam o início da história da celebração religiosa que se tornaria a maior do Estado e uma das 10 maiores do Brasil.
Nesta quinta-feira (30), Francisca foi uma das milhares de pessoas que passaram pelas ruas do centro de Castelo para admirar esse trabalho. Em entrevista à reportagem de A Gazeta, ela contou que, com o passar dos anos, viu a qualidade dos quadros evoluir, além de poder ver de perto a adesão cada vez maior da comunidade, fundamental para que a festa se torne realidade todos os anos.
Os primeiros registros da tradição dos tapetes em Castelo é justamente em 1963, quando o primeiro foi confeccionado em frente à Capela de Nossa Senhora das Graças. Ao mesmo tempo que a qualidade do trabalho vai crescendo e se tornando cada vez mais profissional, a tradição é passada para outras gerações. Kayala Nascimento e Evelin Batista, de 10 anos, decoraram o que aprenderam: "O pão significa o corpo de Cristo e o vinho significa o corpo dele derramado”, recitavam enquanto passavam pelos tapetes, na manhã desta quinta-feira (30).
A enfermeira enfermeira Jaqueline Valani é moradora de Vitória e, nesta quinta-feira (30), levou, pela primeira vez, o filho Davi, de 9 meses, para conhecer os tapetes.
A expectativa é que o evento, que tem o tema neste ano “O pão nosso de cada dia”, reúna 100 mil pessoas. Mais de três mil voluntários, diretos e indiretos, trabalharam por meses na preparação dos tapetes, que ocupam cinco mil metros quadrados de ruas e avenidas.
Para a confecção, foram utilizados diversos materiais como palha de café, pó de café, pó de pneu, pó de serra, pedras, folhas, cipreste, flores e papel na confecção dos 17 quadros e das 17 passadeiras.
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