A fumaça causada pelas queimadas que ocorrem na Amazônia tem afetado o ar de diversos Estados do Brasil, inclusive fora da Região Norte, como o Espírito Santo e o Rio de Janeiro. O aumento do número de incêndios não é exclusividade da região amazônica. Por aqui, as queimas tiveram aumento de 73% em agosto em comparação com o ano passado. Aliado a isso, os focos no Norte do país têm afetado unidades da federação que estão a centenas e milhares de quilômetros de distância.
Um mapa divulgado pelo MetSul Meteorologia mostra o corredor de fumaça. Bolívia, Paraguai e Argentina também serão afetados pela 'nuvens de queimadas' na Amazônia. O deslocamento da fumaça pelo Espírito Santo deve acontecer entre terça (3) e quarta-feira (4) devido — além da ocorrência de mais incêndios — ao movimento dos ventos, chamado de "ondulação".
"O corredor de fumaça será trazido para o Sul por uma corrente de jato em baixos níveis, um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude, que origina no Sul da Amazônia e desce até o território gaúcho", explica o MetSul.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foram registrados mais de 3.400 focos de calor entre domingo (1) e segunda (2) na Amazônia — que inclusive é o bioma mais afetado por queimadas em 2024.
O MetSul aponta que, apesar do fenômeno chegar ao Espírito Santo, o risco é menor para a saúde das pessoas. Isso porque a fumaça deve ficar suspensa na atmosfera. Em locais onde ela fica mais perto da superfície, como na própria região amazônica, há a piora da qualidade do ar. As cores do sol podem ser realçadas tanto no amanhecer quanto no entardecer.
Ainda de acordo com o instituto, essa fumaça vinda da Amazônia deve mudar a cor do céu, tornando o ambiente mais acinzentado, com aspecto fosco. E Vitória já ficou assim com tempo "opaco" nesta terça-feira (3). Veja registros do fotógrafo Fernando Madeira, de A Gazeta:
Até esta segunda-feira (2), o Espírito Santo havia registrado 369 focos de incêndio, um número 106% maior do que no mesmo período do ano passado — ou seja, mais que o dobro. O Estado segue uma tendência nacional de aumento dos incêndios.
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