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Covid: 17 mil denúncias por falta de máscara e ônibus lotados no ES

Covid: 17 mil denúncias por falta de máscara e ônibus lotados no ES

Os registros foram realizados nos últimos dois meses por usuários dos coletivos através o aplicativo Ônibus GV

Publicado em 23 de julho de 2020 às 06:01

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Ônibus que faz a linha 520 seguindo para o Terminal de Carapina, na Serra
Ônibus que faz a linha 520 seguindo para o Terminal de Carapina, na Serra. (Sebastião Lopes)

A diarista Lucineia Gomes sai de Serra-Sede, na Serra,  com destino a Jardim Camburi, em Vitória, logo no início da manhã, todos os dias. "Álcool toda hora e máscara no rosto. Só que a gente entra no ônibus lotado e fica desesperado, com medo de pegar Covid", desabafou. 

O relato de Lucineia é semelhante ao de muitos outros usuários do sistema Transcol na Grande Vitória. Nos últimos dois meses, foram registradas pouco mais de 17 mil reclamações, via aplicativo Ônibus GV,  relatando superlotação de coletivos e também de passageiros sem máscaras de proteção no rosto. 

De acordo com dados da Companhia Estadual de Transportes  Coletivos de Passageiros (Ceturb-ES), entre os dias 21 de maio e 21 de julho, foram registradas 8.101 denúncias em relação ao não uso de máscara e 9.126 sobre lotação de ônibus.

As linhas citadas como as mais problemáticas pelos passageiros foram:  591, 525, 501, 507 e 526.

A Ceturb-ES informou que essas linhas já receberam melhorias, como aumento de frota ou viagens. As denúncias do aplicativo e monitoramento diário feito pela fiscalização da empresa também levaram ao ajuste de outras 26 linhas para atender à demanda. Na tarde da última quarta-feira, o governo anunciou que  vai aumentar a frota de ônibus nas ruas a partir de agosto e também vai vigiar passageiros que não usam máscaras.  

FISCALIZAÇÃO 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o governo do Estado protocolou no órgão um ofício informando quais ações está adotando para promover maior segurança nos ônibus e terminais do sistema Transcol.

A medida foi necessária depois que o Ministério Público avaliou que o plano de prevenção já apresentado pela Semobi e pela Ceturb-ES não tem apresentado os resultados esperados: os ônibus continuam lotados e com passageiros sem máscara.

A Semobi, então, apresentou o chamado "Protocolo Operacional", contendo 40 atitudes a serem tomadas para minimizar as chances de contágio pelo novo coronavírus pelo usuário do sistema Transcol. 

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