O governo do Estado quer avançar no processo de vacinação contra a Covid-19 e imunizar a população com mais de 55 anos a partir do mês de junho. A proposta defendida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é vacinar simultaneamente as pessoas com comorbidades, o que já está em curso no Brasil.
A possibilidade foi discutida durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (20) entre o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros, e os coordenadores do Plano Nacional de Imunização (PNI). O secretário de Estado da Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, foi um dos participantes do encontro virtual. Uma definição pode ser apresentada em 10 dias.
Em entrevista à rádio CBN Vitória (92,5 FM) nesta quinta-feira (20), Nésio explicou que a intenção do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) é avançar na ampliação da vacinação por idades preservando o percentual de doses para os grupos prioritários.
"A lentidão do processo de imunização está relacionada não somente à distribuição das doses de vacina, mas ao fato de que nós entramos numa população-alvo que exige laudos e uma série de extratos. É uma vacinação mais demorada e que ela tem geralmente uma adesão prejudicada em um curto espaço de tempo em que já poderia ter vacinado amplas populações", disse.
Nésio afirma que a ideia não altera nem modifica o que preconiza o PNI, mas define a reserva proporcional para atender a população em geral. Segundo ele, o país vive a retomada das atividades econômicas e neste cenário, na avaliação dele, a "classe trabalhadora precisa ser vacinada, não somente as atividades prioritárias que já foram definidas pelo governo federal. De acordo com ele, aproximadamente 90% dos óbitos provocados pela Covid-19 acometem pessoas com mais de 40 anos.
"[Vacinar pessoas] Com mais de 55 será possível. Caso a proposta seja aprovada e publicada, a gente pode ter a expectativa de concluir o público de 55 a 59 anos, e avançar para o grupo de 50 a 54 anos também ainda no mês de junho. O Plano prevê imunizar todo mundo com mais de 18 anos e essa é uma agenda que ainda tem muitas oportunidades para o segundo semestre deste ano", enfatiza.
O presidente do Conass, Carlos Lula, disse que a proposta de criação de duas frentes de vacinação - público prioritário e outra para as faixas etárias seria uma mudança no critério do Plano Nacional de Imunização (PNI). "A gente teria de 70% a 80% das doses para aplicação conforme faixa etária. E 20% ou 30% voltadas para o público segmentado", disse, em entrevista ao site UOL.
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