Depois de receberem a primeira dose da imunização contra a Covid-19, mais de 25 mil moradores do Espírito Santo já podem retornar aos postos de saúde para tomar a segunda dose das vacinas Coronavac e Astrazeneca. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde.
Em todo o País, 1,5 milhão de brasileiros devem procurar os postos para completar a imunização. No Espírito Santo, ao todo são 25.392 pessoas, sendo que 25.365 foram vacinadas com a Coronavac e 27 com a Astrazeneca.
E mesmo aquelas pessoas que perderam o prazo estabelecido no cartão de vacinação para o reforço da imunização devem procurar uma unidade de saúde para a segunda dose.
"Mesmo que vença o prazo, a recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é que elas completem o esquema. Então, quem atrasou e não conseguiu ir com 28 dias de intervalo da Coronavac, ou aquelas que não conseguiram ir com 84 dias da vacina Astrazeneca, devem comparecer para completar o esquema", enfatizou Francieli Fantinato, coordenadora do do Programa Nacional de Imunizações.
A campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início, no Estado, no dia 18 de janeiro. De acordo com o Painel Vacinação, da Secretaria de Saúde (Sesa), mais de 534 mil moradores já receberam a primeira dose das vacinas. Entre elas, 124 mil já receberam também a segunda aplicação.
A imunização do Coronavac, produzida pelo laboratório Sinovac em parceria com o instituto Butantan, precisa de um intervalo máximo 28 dias entre a primeira e a segunda dose. Já no caso da vacina da Oxford, produzida em parceria com a farmacêutica Astrazeneca, o paciente precisa receber a segunda dose após três meses.
Em entrevista ao jornal A Gazeta, o infectologista e doutor em Doenças Infecciosas, Lauro Ferreira Pinto, explicou que em geral, as vacinas criam memória imunológica no organismo.
"Em vacinas, de maneira geral, quando você toma uma dose, adquire uma memória imunológica. Mesmo se houver atraso da segunda dose, quando ela ocorrer, o organismo vai resgatar aquela memória. O problema de atrasar é que você deixa a pessoa exposta por mais tempo. Então, o ideal é respeitar o intervalo que o laboratório sugere no sentido de você não correr risco", destaca Lauro.
De acordo com o médico, a exposição também aumenta a possibilidade de nova infecção causada por uma variedade ou diversificação viral. "A primeira dose oferece uma proteção pequena que pode se esvair com o tempo, por isso, o ideal é que não haja atraso", analisa.
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