Um total de 314 irregularidades no processo de vacinação contra a Covid-19 no Espírito Santo estão sendo investigadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Dentre elas, 131 referem-se a pessoas que teriam furado a fila do processo de imunização.
De acordo com o ouvidor da Sesa, Rafael Caliari, as investigações ainda não foram concluídas. Ao todo a Sesa recebeu 458 manifestações, com destaque para 140 denúncias e 174 reclamações, que somam as 314 queixas que estão sendo apuradas. O equivalente a 68,55% dos registros. “Das manifestações que chegaram, 78 são de responsabilidade da Sesa e 225 dos municípios", explicou.
Dentre as 140 denúncias, existem 128 que se referem aos fura-filas, pessoas que não teriam respeitado a ordem do processo de imunização. Dentre as 174 reclamações, há outras 3 que também tratam do desrespeito à fila de vacinação.
Dentre os problemas que são alvo de reclamações está ainda o agendamento das vacinas nas cidades. Em quase todos os municípios que oferecem o serviço de forma on-line, tem sido frequente os problemas, com as vagas ofertadas sendo encerradas minutos após o processo em cada faixa etária ser iniciado.
Em pronunciamento na tarde desta quarta-feira (14), Edmar Camata, secretário de Estado de Controle e Transparência (Secont), informou que foi iniciada uma auditoria do controle do processo de vacinação. Destacou que, embora a aplicação da vacina seja feita pelos municípios, o controle interno pode e deve auxiliar os municípios nessa tarefa.
O trabalho será iniciado pela seguintes cidades: Colatina, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim e Vitória, onde haverá auditorias físicas e presenciais, especialmente onde estão localizadas as redes de frios. “Também teremos auditorias em outros municípios, levando em consideração o número de atendimentos, postos de vacinação, entre outros. Teremos nessa amostra os municípios de João Neiva, Ecoporanga, Vila Velha e Guaçuí", explicou.
Outro destaque feito por Camata é sobre a data de validade das vacinas contra a Covid-19, que também será alvo da auditoria. O primeiro relatório dos trabalhos tem previsão para o dia 3 de maio. “Dois municípios, por exemplo, já foram notificados de que estavam com vacinas a vencer nos próximos dias. Não pode ter dose com validade expirada, é uma questão vital”.
As cidades que também receberam as vacinas e que, por motivo ainda desconhecido as estão mantendo em seus estoques, também vão ser notificadas. “Também vamos emitir alerta para municípios com estoque alto do imunizante", assinalou Camata.
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