O paciente número um da Covid-19 no Espírito Santo foi confirmado no dia 5 de março de 2020, apenas seis dias antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar a pandemia [11/03/2020], que iria impor uma série de restrições à população ao longo dos três anos seguintes até a entidade determinar o fim da emergência global, em 5 de maio de 2023. Ao longo desse período, sobretudo antes de a vacinação contra o coronavírus começar a surtir efeito, a infecção atingiu boa parte dos capixabas e mais de 15 mil pessoas morreram em decorrência da doença no Estado.
Num levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) feito a pedido de A Gazeta, foi estabelecido um marco temporal: do primeiro caso registrado até o dia definido pela OMS como o fim da emergência em saúde e daquela data até a última quinta-feira , 6 de março.
Até 5 de maio de 2023, foram confirmados 1.334.218 casos de Covid-19 no Espírito Santo e 15.086 mortes. De lá para cá, o número de registros caiu para 57.425 e, de óbitos, para 150. A comparação deixa em evidência os momentos mais críticos da pandemia para a população capixaba, que conviveu com cinco ondas da doença.
O cenário somente começou a melhorar com a vacinação, sobretudo a partir da ampliação dos grupos contemplados e das doses de reforço. O quadro de internações reflete esse momento: a imunização começou em 2021 e, naquele ano, houve 22.680 hospitalizações. Em 2022, quando o público-alvo da vacina contra a Covid já estava apto a tomar mais de uma dose, houve 3.180 internações. Outro dado que reforça a importância da vacinação é que, no início daquele ano, 70% dos internados ou não tinham se imunizado ou estavam com o esquema vacinal atrasado.
Foram aplicadas, de janeiro de 2021 a maio de 2023, mais de 10 milhões de doses de vacina no Espírito Santo. À medida que o grau de proteção foi se tornando mais abrangente, a despeito de movimentos antivacina, a procura pelo reforço na imunização diminuiu, embora ainda seja recomendada a vacinação para determinados grupos, segundo o Ministério da Saúde.
Nesse raio-x sobre a Covid no Espírito Santo, vale ressaltar que, embora o primeiro paciente tenha sido confirmado apenas em março de 2020, estudos indicam que o coronavírus (Sars-Cov-2) já circulava no Estado desde o final de 2019. Também é bom lembrar que, na estratégia do governo estadual para o enfrentamento à pandemia, houve a ampliação na oferta de leitos nos hospitais, tanto públicos quanto na parceria com filantrópicos e particulares. No auge da crise sanitária, foram disponibilizados 1.099 leitos de UTI e 1.098 de enfermaria exclusivos para tratar a Covid e não houve registro de paciente desassistido.
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