Foi instalado no Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, na última segunda-feira (25), mais um contêiner para guardar corpos de vítimas da pandemia do novo coronavírus. No local, já existem outras duas estruturas metálicas destinadas ao mesmo serviço.
A ampliação decorre, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), do crescimento de óbitos ocasionados pela doença em uma unidade que é referência no Espírito Santo para os casos da Covid-19.
Outro contêiner para o mesmo atendimento foi instalado no Hospital Roberto Silvares, unidade também pública localizada em São Mateus, Região Norte do Estado.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a medida faz parte do planejamento estratégico de enfrentamento da doença. Para não ocorrer como em outros locais, com dezenas de corpos empilhados. Precisamos ter capacidade de adoção de medidas sanitárias para o manejo dos corpos destas pessoas e garantir que o sistema funerário os receba adequadamente, explicou, informando ainda que outros hospitais deverão passar por ampliação de seus necrotérios, recebendo câmaras frias.
A utilização dos contêineres acompanha ainda, explica Nésio, o comportamento da doença, com aumento de casos e expressivo número de óbitos. Nesta quarta-feira (27) temos 511 óbitos. No último dia 13 eram 266. Em 14 dias dobrou o número de mortes. A outra metade foi registrada em 90 dias, observa.
O Hospital Dr. Jayme Santos Neves, referência no tratamento da doença, possui 250 leitos de UTI só para Covid-19. Nésio explica que, em média, 58,67% dos atendidos vão para ventilação mecânica e, 69,70% destes morrem.
É uma proporção de óbitos muito grande. E na medida em que se aumenta a quantidade de leitos disponíveis para Covid-19, consequentemente aumenta a quantidade de óbitos, e precisamos ter condições de fazer o manejo adequado.
Informações obtidas pela reportagem de A Gazeta indicam que os contêineres são revestidos por dentro com um material semelhante ao de geladeiras, ampliando desta maneira a capacidade do necrotério local.
As estruturas metálicas, que têm ainda um ar-condicionado na parte superior, estão sendo colocadas nos fundos do hospital, justamente próximo ao necrotério.
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