Embora fevereiro esteja apenas começando, as mortes causadas pelo coronavírus nos oito primeiros dias do mês já superam todas as que foram divulgadas ao longo de janeiro no Espírito Santo. Em poucos dias, o Estado acumula 202 óbitos – sete a mais que o total do período anterior, que já foi de alta.
Apesar de não estar entre as piores fases de toda a pandemia com relação ao número de óbitos, fevereiro já é o pior mês da quarta onda, que acontece em um momento em que a maior parte da população capixaba já está vacinada contra a Covid-19.
Se a média diária de 25 mortes se mantiver, fevereiro pode terminar com mais 700 pessoas perdendo a vida pela doença. Contudo, nesta terça-feira (8), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) afirmou que o número de óbitos causados pela quarta onda começou a apresentar sinais de estabilidade, assim como as internações na rede pública.
No que diz respeito ao número de casos, vale lembrar que janeiro registrou sucessivos recordes de casos positivos - com quase 20 mil só no dia 28 - e terminou com mais de 200 mil infecções. Até esta terça, oitavo dia do mês, fevereiro já acumula 98,6 mil contaminações, o equivalente a 45% do mês anterior.
Durante a coletiva nesta tarde, a Sesa afirmou que o Estado vive uma fase de recuperação da curva de casos, apresentando redução na quantidade de contaminados e na proporção de testes que dão positivo. Em outras palavras, de acordo com o governo, o pico da quarta onda já teria ficado para trás.
Apesar da queda nos casos e estabilidade em internações, a expansão de leitos para a Covid-19 vai continuar. Segundo o secretário de Saúde, Nésio Fernandes, o objetivo é possibilitar a retomada das cirurgias eletivas e se preparar para uma possível expansão, no período sazonal de doenças respiratórias, em março e abril.
Para evitar que as mortes voltem a aumentar, a Sesa também reforçou a importância da vacinação contra a Covid-19 e anunciou que estuda a adoção de uma quarta dose ou de doses de reforço anuais para os idosos – que atualmente representam cerca de 70% das vidas perdidas no Estado.
No outro extremo da população estão as crianças, para as quais o ritmo de vacinação está abaixo do esperado. Atualmente, apenas 20% delas já se imunizaram contra o coronavírus. A desinformação é apontada pelo governo como o principal obstáculo para a vacinação dos pequenos entre cinco e 11 anos.
Para aumentar a cobertura vacinal na população pediátrica, a Sesa orientou os municípios que usem as escolas como ponto de vacinação. A expectativa é imunizar 90% das crianças até o dia 15 de março, tornando, assim, o ambiente escolar mais seguro.
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