O público capixaba formado por 41.194 mulheres gestantes foi surpreendido com a notícia de que o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford foi suspenso para aplicação em grávidas nesta terça-feira (11). A medida foi adotada pelo governo do Estado após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.
A nova definição provocou mudanças na campanha de vacinação do Estado. Conforme informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a partir de agora, as grávidas serão vacinadas com doses da vacina da Pfizer.
Diante do cenário de suspensão aliado ao incremento de doses da Pfizer/BioNTech e o recebimento de mais de 23 mil imunizantes nessa segunda-feira (10), o Governo decidiu pela organização da vacinação macrorregional das gestantes usando esse composto.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, informou que a secretaria estadual de Saúde discute com os municípios o novo modelo de vacinação desse grupo prioritário. Paralelamente, faz um levantamento para identificar quantas são e onde moram as grávidas que ainda não foram vacinadas contra o novo coronavírus.
"Como já tínhamos um número razoável de gestantes vacinadas, acreditamos que o que está de posse do Estado, que são 23 mil doses da Pfizer, vai aproximar muito do total de gestantes que ainda precisam receber uma vacina. Vamos estabelecer uma cidade regionalizada, imaginando as cidades polo do Espírito Santo, e um ponto de vacinação em cada cidade da Grande Vitória, onde as gestantes poderiam receber a primeira dose", disse Reblin, durante entrevista à rádio CBN Vitória (92,5 FM) nesta terça-feira (11).
"A recomendação para qualquer vacina é que sempre se observe o aparecimento de alguma reação mais importante. Tem recomendação de como proceder que é aplicação de gelo no local da injeção, os cuidados gerais para quem toma a vacina. Isso se recomenda na hora que a vacina é aplicada". A explicação é do subsecretário de Estado da Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
Ele caracteriza eventos importantes como "uma queda do estado geral, reações sistêmicas como algum tipo de paralisa de algum membro superior ou inferior, edemas na parte inferior como as pernas, endurecimento de regiões da batata da perna", detalhou. Se constatar alguns desses sintomas, a gestante deve procurar o médico de referência ou unidade de saúde mais próxima de casa.
Quem já tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19 produzida pela Astrazeneca e não apresentou nenhum tipo de reação poderá receber a segunda dose do mesmo imunizante. A recomendação é de especialistas em saúde que atuam no Estado.
A doutora em Epidemiologia, Ethel Maciel, é uma das profissionais que defendem o procedimento. Ela orienta, no entanto, que a decisão seja acompanhada por avaliação médica. O intervalo de aplicação entre as doses é de três meses. A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é a de que durante este período o governo federal já tenha concluído os estudos da vacina suspensa.
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