Mesmo com a chegada de novas vacinas no Espírito Santo, 30 municípios capixabas continuam sem conseguir aplicar a segunda dose da Coronavac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan. Os dados são do início da tarde desta quarta-feira (05) e estão disponíveis no painel de vacinação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
No último sábado (01), o Estado recebeu uma nova remessa com 5.800 doses. No entanto, o repasse foi menor que o necessário para atender todo o público.
No último dia 29 de abril, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirmou que o Estado deve regularizar a distribuição da Coronavac até o final desta semana, com a chegada de novos lotes do Ministério da Saúde.
A Coronavac tem a previsão de intervalo de até 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda dose. O reforço é necessário para que se tenha a imunização completa contra o novo coronavírus.
Em entrevista ao jornal A Gazeta, a epidemiologista Ethel Maciel explicou que via de regra, a imunização somente poder ser considerada completa após a segunda dose do imunizante. Ou seja, mesmo com atraso, é preciso tomar a segunda dose.
“Em nenhum desses países (mais avançados nas pesquisas sobre as vacinas) tivemos esses problemas que estamos tendo aqui. As doses foram dadas no tempo certo. Ainda não temos uma previsão para o que está acontecendo no país. O que a gente sabe, de fato, é que a segunda dose é o que a gente chama de booster, é como se ela reforçasse para a resposta imunológica durar por mais tempo.”
Ethel diz que a primeira dose da vacina serve, a princípio, para apresentar aquele agente infeccioso ao sistema imunológico, e que, nessa fase, a resposta do organismo ainda é baixa. A segunda dose do imunizante ajuda a reforçar a imunidade e a mantê-la por mais tempo.
Mesmo com atrasos, ainda é importante completar a imunização. Isto é, se o paciente tomou a primeira dose da Coronavac, deve receber a segunda, ainda que o prazo ultrapasse a previsão inicial.
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