A Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) estuda possíveis estratégias para conter o chamado "turismo da vacina" — que consiste em habitantes de outros Estados virem, neste caso, tomar um imunizante contra a Covid-19 em solo capixaba. O fenômeno já tem sido relatado por vários municípios da Grande Vitória.
Em coletiva realizada nesta segunda-feira (28), o secretário Nésio Fernandes esclareceu que o deslocamento não configura qualquer tipo de infração, já que a vacinação acontece por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, se ocorrido em grande escala, pode gerar prejuízos locais.
"O Espírito Santo estar avançando nos grupos etários que ainda não estão sendo alcançados em outros Estados faz com que seja alvo do 'turismo de vacina', principalmente em municípios que têm agendamento on-line. Havendo uma maior pressão desse tipo, a cobertura vacinal é prejudicada", afirmou.
Ele explicou que essa possibilidade existe porque o Ministério da Saúde distribui as doses com base na população de cada ente da federação. Por isso, a Sesa está avaliando modos de barrar o fenômeno, caso seja necessário no futuro. As duas possibilidades citadas na entrevista coletiva foram:
"Existe uma série de soluções restritivas que o Governo do Espírito Santo avalia para reduzir o risco de termos vacinas dedicadas à população residente serem, em grande parte, consumidas pelo 'turismo de vacina'. Assim que houver conclusões, vamos anunciar", garantiu Nésio, sem informar qualquer data.
O secretário também afirmou que medidas similares poderão ser adotadas para impedir que moradores procurem outros municípios para se vacinar, mesmo dentro do Espírito Santo. Além de deixar claro que tais ações só devem ser implementadas caso esses fenômenos atinjam grande proporção no Estado.
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