Com a meta de vacinar 50 mil pessoas contra a Covid-19 — principalmente crianças e idosos — o mutirão realizado em dois dias no Espírito Santo superou a expectativa e contou com a aplicação de mais de 64 mil doses na sexta-feira (1º) e no sábado (2). A ação foi organizada pela Secretaria da Saúde (Sesa), com a participação dos municípios. O resultado positivo colabora no combate ao coronavírus, mas o Estado segue com menos da metade do público de 5 a 11 anos vacinado contra a doença.
A Sesa destacou que foram 64.766 doses aplicadas nos dois dias de mutirão, uma média superior a 32 mil por dia. Segundo a secretaria, a ação — com horários e locais específicos nas cidades capixabas — promoveu um aumento na procura pela vacina.
Por outro lado, os objetivos principais do mutirão ainda seguem como desafio no Espírito Santo. Isso porque o número de crianças vacinadas com a primeira dose não chegou a 50% do público infantil. Além disso, a quantidade de idosos com a dose de reforço em atraso segue acima dos 100 mil.
O mutirão teve como objetivo aumentar o número de vacinados em um curto período de tempo. Como foi no último fim de semana, a média de aplicações diárias chegou a 32 mil. As comparações são feitas com números da última terça-feira (29), quando A Gazeta publicou sobre a ação, e esta segunda-feira (4), data de publicação do resultado.
Entre as crianças do ES, até esta segunda-feira (4):
Entre os idosos do ES, até esta segunda-feira (4):
Em entrevista à reportagem de A Gazeta, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirmou que há uma onda positiva de vacinação, mas reforçou que a situação no Espírito Santo ainda precisa melhorar.
Segundo Reblin, as pendências costumam ocorrer nas chamadas "doses subsequentes" — aquelas recomendadas após a primeira dose, como a de reforço.
“Vamos discutir novas estratégias com os municípios. O problema está nas doses subsequentes. Talvez falte um esclarecimento a essas pessoas de que as outras doses também são importantes. Então cabe a essas equipes conscientizar, porque não basta só as campanhas em redes sociais e nas mídias, talvez isso não seja suficiente. O número de pessoas que realmente não querem ser vacinadas é muito pequeno. Nessa busca ativa é que nós vamos apostar daqui para frente, junto aos municípios”, disse.
Perguntado sobre a possibilidade de o Estado expandir a disponibilidade da quarta dose a toda a população, o subsecretário informou que a "situação será desencadeada em breve". Reblin explicou que é uma tendência que haja vacinação contra a Covid-19 com frequência, não apenas no Espírito Santo, mas em todo o Brasil.
"No futuro, deve ter pelo menos uma dose a cada ano para a população em geral e mais de uma em idosos e na população imunossuprimida. Vamos aguardar um pouco mais em relação à população em geral”, explicou.
Atualmente, a quarta dose no Espírito Santo é aplicada em idosos acima de 60 anos. Segundo dados do governo do Estado, cerca de 500 mil pessoas estão aptas a receber a quarta dose, que seria a segunda dose de reforço.
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