Depois da terceira e pior onda da pandemia da Covid-19, o Espírito Santo vive a fase de queda consolidada no número de novos casos da doença e na taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O cenário atual foi divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), na tarde desta segunda-feira (26).
De acordo com o secretário Nésio Fernandes, há uma "redução substancial no número de pacientes novos com solicitação de internações em toda a rede pré-hospitalar do Estado". Consequentemente, as quantidades de pessoas internadas nos leitos de enfermarias e de UTI também já apresentam diminuição.
Desde a última quarta-feira (21), a taxa de ocupação das enfermarias não chega a 70%. Nesta segunda-feira (26), das 1.046 vagas disponibilizadas para casos moderados da doença, 659 estão ocupadas – o que equivale a exatamente 63%. No último dia 4 de abril, esse índice chegou a superar os 87%.
Já no que diz respeito às UTIs, faz uma semana que a taxa de ocupação não atinge os 90% – nível que é considerado crítico pelo Governo do Estado e que exigiu a adoção de uma quarentena em todo o território capixaba. Atualmente, esse marcador está em 87,8%, com 937 (de 1.067) leitos ocupados.
Apesar das recentes melhoras, o secretário Nésio Fernandes disse que a estratégia de expansão hospitalar seguirá sendo adotada, "porque nenhum Estado brasileiro está imune à existência de uma nova fase de aceleração da curva de casos, enquanto o país não vacinar cerca de 70% ou 80% da população-alvo".
Neste sentido, o secretário destacou o recebimento de 230 ventiladores para a abertura de 150 leitos de UTI na rede pública. "Eles vão compor um reforço para resistir à pressão assistencial e servir de legado após a pandemia. Aproximadamente 30 vão para a reserva técnica e os demais para outros tipos de leitos", afirmou.
Ainda durante a coletiva on-line desta segunda-feira (26), Nésio Fernandes adiantou que a taxa de transmissão (RT) do Espírito Santo deve chegar a níveis que equivalem ao controle da pandemia até o início de maio. "É possível que o RT dessa e da próxima semana fiquem perto de 1 ou até abaixo de 1", disse.
A taxa de transmissão equivale ao ritmo do contágio pelo novo coronavírus. Se ela está acima de 1 significa que a pandemia está se agravando (1,5 = cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 150). Já se está abaixo de um, há uma melhora, pois nem todo positivado está contagiando alguém.
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