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Covid-19: ES não vai ter toque de recolher no momento, diz governador

Covid-19: ES não vai ter toque de recolher no momento, diz governador

Medida é uma das propostas do Conselho Nacional dos Secretários da Saúde no enfrentamento à pandemia; ocupação de leitos é indicador para aumento do rigor

Publicado em 1 de março de 2021 às 20:41- Atualizado há 4 anos

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Ruas de acesso à Terceira Ponte estão vazias. Os registros foram feitos por volta das 17h, quando o trânsito em dias normais é congestionado
Há um ano, o Espírito Santo implementava medidas mais restritivas de circulação; acesso à Terceira Ponte estava vazio em horário de pico no dia 18 de março de 2020. (Fernando Madeira)
Aline Nunes
Repórter de Cotidiano / [email protected]

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defendeu nesta segunda-feira (1º), em carta aberta à população brasileira, medidas mais rigorosas no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Entre as propostas está o toque de recolher nacional, das 20 às 6 horas, diariamente. O governador Renato Casagrande disse, no entanto, que o Espírito Santo não deve adotar a estratégia no momento.

Casagrande se manifestou sobre o assunto em coletiva de imprensa nesta tarde, ressaltando que o Espírito Santo tem condições de atender a população e não é necessário, por ora, restringir a circulação das pessoas para evitar o colapso como o registrado em outros Estados.  "Neste momento, isso está descartado. No futuro, talvez, seja necessária alguma medida mais dura. Por enquanto, vamos seguir com a nossa matriz de risco e as medidas qualificadoras."

O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, também na coletiva, explicou que a decisão do Conass em propor as medidas é uma tentativa de articular uma coordenação nacional de enfrentamento à pandemia.

"É necessário que haja uma agenda nacional coordenada e medidas uniformes para enfrentar adequadamente a pandemia no país. Por isso, acreditamos no conjunto de medidas propostas para que, principalmente, o Congresso Nacional se manifeste", ressaltou o secretário, acrescentando que o Conass avalia que os parlamentares devem discriminar as estratégias a serem adotadas em todo o Brasil e, especialmente, qual deverá ser o "gatilho legal" para poder estabelecer ações mais duras nos Estados. 

O gatilho definido, diz Nésio Fernandes, deverá ser a taxa de ocupação de leitos de UTI em 85%. "Esse deve ser um sinal para iniciar restrições mais amplas e rígidas em qualquer Estado para evitar o colapso da rede assistencial. Não é adequado que essas medidas sejam adotadas somente no pós-colapso, quando chegou a 100% de ocupação, quando já tem 100, 200, 300 pacientes aguardando há mais de 24 horas um leito hospitalar."

Para Nésio Fernandes e os demais secretários que compõem o Conass, as medidas devem ser discriminadas por ato do Congresso Nacional e a carta com as propostas poderá subsidiar o diálogo de governadores com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira,  em encontro previsto para esta terça-feira (2). 

Além do toque de recolher, outras medidas foram propostas pelo Conass:

No Espírito Santo, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 73,43% em relação à capacidade atual de oferta. Para evitar o colapso, Renato Casagrande diz que o governo vai investir na ampliação de mais vagas, esperando chegar a 900 de terapia intensiva até o final de abril, e na testagem em massa da população

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